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Queijo brasileiro fica entre os 12 melhores do mundo na França
27 de setembro de 2023
- Vitor Guerras
O queijo brasileiro premiado na França é produzido no Rio de Janeiro e demora um ano para ficar pronto. - Foto: Reprodução/Débora Pereira (Revista Profiss).
O queijo brasileiro premiado na França é produzido no Rio de Janeiro e demora um ano para ficar pronto. - Foto: Reprodução/Débora Pereira (Revista Profiss).

Um queijo brasileiro venceu um concurso internacional na França e ficou entre os 12 melhores queijos do mundo. Foram mais de 1.640 concorrentes e o nosso ficou em 7° lugar no Mundial de Queijos e Produtos Lácteos de Tours.

O segredo do queijo brasileiro? Ele tem massa prensada, é semi cozido e feito com leite cru de cabra. O Caprinus do Lago, produzido por Fabrício Le Draper Vieira, no Rio de Janeiro, foi o único brasileiro a ficar entre os top 12!

“Leva um ano para ficar pronto. E todos os dias, a gente tem que virar e escovar ele. São necessários 17 litros de leite para fazer um quilo de queijo. A produção é feita duas vezes por semana”, revelou Fabrício, o vencedor.

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Paixão por queijos

A paixão por queijos começou na infância. Fabrício, que hoje é dentista, quando tinha 12 anos pediu uma vaca para o pai. Vendo que não conseguiria tirar leite de um animal tão alto, ele mudou de foco!

Aí, em uma exposição de agropecuária, conheceu e se encantou com uma cabra. “Foi paixão à primeira vista. Eram lindas e de um tamanho que eu podia lidar”, disse.

Fabrício, que figura hoje entre os melhores dentistas do mundo segundo uma lista internacional, disse que o segredo é a paixão pelo que faz.

“Agora, coloquei tanta paixão no queijo que, em pouco tempo, consegui botar o queijo também entre os melhores do mundo. Acho que a paixão é o grande diferencial de tudo que eu faço. Faço tudo com muito amor, com muita paixão e tem dado certo”.

Fila de espera

O queijo produzido por Fabrício tem mais de 1000 pessoas na fila de espera, mas há um jeitinho de agilizar esse processo…

“Se a pessoa for lá almoçar ou jantar com a gente, eu permito uma degustação do queijo. Mas só lá”, disse ele, referindo-se ao bistrô que mantém no Capril.

Não vende queijo inteiro

O produto é exclusivo e não é vendido inteiro de 5 quilos para uma pessoa só. “Eu prefiro mandar um pedaço para 20 pessoas do que um inteiro para uma pessoa só”, disse Fabrício.

Mesmo com tanta procura, Fabrício disse que não vai aumentar a produção: “Quero que seja um produto exclusivo, do tipo prêmio, que a pessoa vai ter que esperar para provar”.

Com a produção menor, o homem contou que a qualidade sempre vai se manter, mas disse que ainda está se acostumando com toda essa repercussão.

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Vencedores brasileiros

Além do produto produzido por Fabrício, o Brasil levou 288 queijos para a competição.

Foram 91 produtores brasileiros dos estados de Minas Gerais, Bahia, Pará, Ceará, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

O brasil conquistou 17 medalhas de ouro, sendo 10 de Minas Gerais.

Destaque também para a queijista Marina Cavechia, que concorreu a melhor queijista do mundo na competição.

Ganhadora da competição nacional em 2022, ela foi escolhida para representar o país no mundial.

Apesar de não ter ganho o título, que ficou para o francês Vincent Philippe, Mariana agradeceu a oportunidade.

“É inegável que traz uma consciência para o consumidor, para o governo, para o nosso país de que a gente está cada vez mais se especializando e querendo oferecer um serviço que não é qualquer pessoa que pode oferecer. Tem que estudar”, disse.

O Caprinus é feito com uma massa prensada, semicozida e leite de cabra. Foto: Reprodução/Débora Pereira (Revista Profiss).
O Caprinus é feito com uma massa prensada, semicozida e leite de cabra. Foto: Reprodução/Débora Pereira (Revista Profiss).

Com informações de Agência Brasil.

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