Duas semanas após o início do conflito em Israel e na Palestina, a ajuda humanitária é autorizada pelos israelenses a entrar em Gaza. Até ontem (21) 20 caminhões passaram pelo posto de Rafah, na fronteira entre Egito e Faixa de Gaza. A prioridade é atender civis atingidos pela guerra. Há produtos emergenciais, como água, comida, suprimentos hospitalares e medicamentos.
Na semana passada, o governo brasileiro enviou kits hospitalares e 40 purificadores de água. Não foi permitida a entrada de combustíveis, uma queixa por parte dos palestinos, uma vez que hospitais e centros de acolhimento dependem de combustível para gerar energia. A região teve o abastecimento elétrico cortado.
Responsáveis por Assuntos Humanitários das Nações Unidas informaram que, pelo menos, 100 caminhões com ajuda humanitária aguardam autorização para ingressar em Gaza. Para os especialistas, é positivo o empenho que permitiu os primeiros caminhões, mas ainda está aquém das necessidades da população.
Ajuda humanitária
Os 20 caminhões, que entraram em Gaza, transportavam itens básicos de sobrevivência enviados por agências internacionais e organizações não governamentais ligadas às Nações Unidas, além do apoio do Crescente Vermelho Egípcio.
Na relação de material estavam latas de atum, extrato de tomate, macarrão, água potável e suprimentos médicos.
Especialistas das Nações Unidas ressaltam que é urgente a liberação dos outros mais de 100 caminhões sobretudo na região de Gaza, uma vez que falta tudo na região de guerra.
Crianças, idosos, doentes e pessoas com deficiência sofrem sem água, alimentos, medicamentos, combustível e outros bens essenciais.
Esforço internacional
Os governos do Brasil e de outros países com assento no Conselho Segurança das Nações Unidas intensificaram as negociações para que Israel autorize a entrada de mais caminhões com carregamentos de ajuda humanitária em Gaza.
As autoridades internacionais se empenhar também para um cessar-fogo, porém, as dificuldades se intensificam com o passar dos dias.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando o grupo radical islâmico Hamas atacou o sul de Israel, matando crianças, idosos, pessoas com deficiência e doentes, a guerra se instaurou na região.
Porém, Gaza é o foco de maior tensão.
Apenas na região de Gaza mais de 4,1 mil pessoas morreram, a maioria de civis.
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Foco de tensão
O governo de Israel informou ter executado 1,5 mil combatentes do Hamas e simpatizantes em distantes áreas do país.
Anteontem (20) o Hamas libertou as duas primeiras reféns, mãe norte-americana e filha, depois de intermediação Catar.
Há, ainda, cerca de 200 pessoas sequestradas sob poder do Hamas. A maioria foi capturada em kibutz – comunidades baseadas em preceitos religiosos judaicos.
Na madrugada de sábado (21), o Exército israelense anunciou que atacou alvos do Hezbollah no sul do Líbano em resposta aos disparos de foguetes contra seu território.
Ajuda humanitária é autorizada a ingressar em Gaza
Com informações das Nações Unidas, agências internacionais e veículos de imprensa estrangeiros.