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Casal com Alzheimer se apaixona em lar para idosos e tem melhora significativa
3 de dezembro de 2023
- Vitor Guerras
O casal com Alzheimer se conheceu em um lar para idosos. Eles se apaixonaram, falam em casamento e tiveram melhora significativa depois do namoro. - Foto: Reprodução/Cláudio Ribeiro.
O casal com Alzheimer se conheceu em um lar para idosos. Eles se apaixonaram, falam em casamento e tiveram melhora significativa depois do namoro. - Foto: Reprodução/Cláudio Ribeiro.

Mesmo enfrentando as dificuldades da doença, esse casal com Alzheimer se apaixonou e está revivendo a magia do amor novamente. Ele se conheceram em um lar para idosos e o melhor: com o namoro, os dois tiveram melhoras significativas!

Elza, de 76 anos, e Almir, com 62, vivem sob um diagnóstico complicado, a doença lhes rouba a memória um pouquinho a cada dia. Mas eles não estão preocupados com isso, afinal, têm um ao outro como apoio. Ambos separados há bastante tempo, eles começaram a viver o romance há 4 meses, quando se encontraram em uma casa para idosos em Caucaia, Ceará.

De lá pra casa, muita paixão, sorrisos e amor envolvidos. As coisas estão andando devagar, mas os dois já falam em casamento… “É um assunto que a gente conversar, sim. Vou esperar que ele melhore um pouco. Mas se eu resolver, quero casar com ele”, disse Elza ao O Povo.

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Desilusão amorosa no passado

Ambos são separados.

Elza, há 40 anos, teve uma desilusão e separou-se do antigo ex-marido.

Já Almir, tem quatro filhos e também já está separado há bastante tempo.

Entre o acaso e a sorte, os dois têm mais em comum do que a doença: a vontade de recomeçar.

A vida do casal com Alzheimer no lar para idosos

Quando estava na casa da filha Alexsandra, Elza estava arredia e inquieta.

Os traços da doença ainda eram leves, mas ela já não via mais esperança.

A idosa admite ter alguns esquecimentos, mas tem lidado bem com a situação. Elza passou a morar no lar de Idosos JD’Mello em 18 de julho.

Já Almir, foi admitido na casa de repouso pouco tempo depois, em agosto.

Antes, era diretor de uma faculdade particular, especialista em gestão escolar e recursos humanos, mestre em psicanálise e graduado em história e pedagogia. Também era poliglota e ensinava artes marciais.

A doença trouxe dificuldades. Os sintomas estão mais avançados em Almir, que já chegou a ter picos de agressividade. Mas o amor tem sido o melhor remédio.

Recomeço no amor

Desde que se conheceram, Almir teve melhoras significativas.

Quando se afastam durante o final de semana, para passar um tempo com a família, eles sentem saudades.

“Ela e ele sentem falta um do outro”, disse a assistente social da casa, Magda Alves.

Ao serem questionados se estão apaixonados, são categóricos em responder.

“Eu estou demais”, disse ela. Almir, sorri e endossa. “Eu também. Ora…”.

Ele até chora quando fala sobre a amada.

“Ele é muito choroso. Com tudo. Diz que eu sou a cara-metade dele. Eu tinha até esquecido como era gostar assim. Ele é lindo, não é?”, disse Elza olhando para o amado.

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Próximo passo: casamento

As famílias aprovam o namoro e fazem contatos e trocam informações sobre a evolução no comportamento dos dois.

Agora, o próximo passo é o casamento.

Eles ainda não sabem quando e nem onde será, mas fazem planos.

“Não sei se será aqui. Quero uma coisa simples”, disse Elza.

O amor é mais que lindo!

Mesmo com as dificuldades da doença, os dois rencontraram o melhor remédio possível: o amor. Foto: Reprodução/Freepik.
Mesmo com as dificuldades do Alzheimer, o casal, que vive num lar para idosos, reencontrou o melhor remédio possível: o amor. Foto: Reprodução/Freepik.

Com informações de O Povo.

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