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Fazer exercícios sempre na mesma hora traz mais benefícios para saúde
4 de dezembro de 2023
- Vitor Guerras
Ao praticar exercícios numa mesma hora, você alinha os relógios biológicos do corpo e isso traz vários benefícos para a saúde. - Foto: Reprodução/Freepik.
Ao praticar exercícios numa mesma hora, você alinha os relógios biológicos do corpo e isso traz vários benefícos para a saúde. - Foto: Reprodução/Freepik.

Praticar exercícios sempre na mesma hora pode ajudar a sincronizar o relógio biológico com o relógio cerebral para melhorar a saúde esquelética, desempenho atlético e evitar lesões.

As novidades vêm de um estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido. Os pesquisadores explicaram que há uma alta probabilidade de que a cartilagem humana e os discos intervertebrais, com propriedades fisiológicas semelhantes nos ratos pesquisados, respondam de maneira muito parecida.

“Não apenas identificamos que o desalinhamento entre os relógios da cartilagem dos discos intervertebrais e o nosso relógio central no cérebro pode ocorrer através do exercício em um momento inadequado, mas também descobrimos o mecanismo pelo qual isso acontece é que os relógios esquelético podem sincronizar com os padrões diários da atividade física”, disse Qing-Jung Meng, autor sênior da pesquisa e professor da Universidade de Manchester.

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Relógios do corpo humano

Qing explicou que nosso corpo tem relógios biológicos.

Entre eles, estão os relógios biológicos locais, associados às articulações e à coluna, e o relógio cerebral.

Quando eles estão desalinhados, o risco de patologias e doenças como diabetes e doenças cardiovasculares podem aumentar.

Até agora, pouco se sabia sobre a relação entre os relógios da cartilagem articular e o cérebro.

Mas isso vem mudando, principalmente pelos estudos realizados na Universidade.

O estudo

Os pesquisadores examinaram ratos que faziam exercícios diários em uma esteira.

Durante o período de descanso, os animais eram consultados para entender o que acontecia com os relógios da cartilha, do disco intervertebral e do cérebro.

Com isso, a equipe de Qing descobriu algo surpreendente.

“Nossos resultados mostraram que as atividades físicas matinais, associadas aos padrões diários do ciclo de sono, transmitem informações de tempo do relógio central sensível à luz no cérebro para os tecidos esqueléticos que suportam o peso. Na verdade, estão dizendo ao seu sistema esquelético que é hora de acordar”, explicou.

Qing ainda disse que quando esse alinhamento entre os relógios desacopla do cérebro, os impactos são diversos.

“Se você muda constantemente o horário do exercício, por estar mais sujeita a essa dessincronização”, completou.

O professor disse ainda que mesmo em pessoas com idade mais avançada, o corpo continua respondendo a padrões diários.

“Mostramos que os relógios nos tecidos esqueléticos de animais mais velhos continuam a responder aos padrões diários de exercícios. Como tal, grupos de caminhada organizados por idosos poderiam ser mais benéficos para a saúde se acontecessem num horário semelhante todos os dias”, disse.

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Relógios e a artrite

Para Lucy Donaldson, Diretora de Pesquisa e Inteligência em Saúde da Versus Arthritis, o exercício é uma das melhores formas de reduzir a dor e o impacto da artrite, e com a pesquisa, é possível avançar ainda mais.

“A pesquisa inicial mostra que o exercícios determinados horários também traz benefícios adicionais para pessoas com artitre”, disse.

O alinhamento, não só diminui as dores, como também ajuda no envelhecimento com saúde.

“Os resultados sugerem que o alinhamento entre os relógios da cartilagem e o do cérebro contribui para que nosso ossos e cartilagens se deterioram num processo mais longo. Exercitar-se em determinados horários do dia ajuda a manter os relógios sincronizados e, portanto, pode retardar a progressão da artitre”, explicou.

O estudo descobriu que mesmo em idosos, o corpo continua seguindo padrões de movimento. Foto: Reprodução/Freepik.
O estudo descobriu que mesmo em idosos, o corpo continua seguindo padrões de movimento. Foto: Reprodução/Freepik.

Com informações da Universidade de Manchester.

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