Notícia boa para o meio ambiente! O desmatamento em áreas protegidas da Amazônia Legal caiu quase quatro vezes em 2023, em comparação com o ano anterior – isso representa uma redução significativa de 73%. Esse é o menor índice desde 2013.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e abrange a área de 9 estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Em 2022, o desmatamento atingiu 1.431 km² da região. Já em 2023, foram 386 km². Os dados foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Áreas protegidas
Essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva porque são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada.
Além de cuidar dos ecossistemas, da biodiversidade e dos serviços ambientais associados, preservar essas áreas protegidas também assegura direito de pessoas.
Na maioria das vezes, a devastação em terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que vivem nessas áreas.
Ainda há muito para fazer
Mas as Áreas Protegidas não estão imunes a outros impactos.
Enquanto foram desmatados 108 km², outros 1.050 km² foram degradados, quase 10 vezes mais.
Esse é um ponto preocupante, que pode estar relacionado à seca e às queimadas na região.
Isso significa que ainda há muito a ser feito para proteger a Amazônia.
Ler mais notícia boa
- Desmatamento na Mata Atlântica teve queda de 59% em 8 meses
- Como Brasil vai usar os R$ 550 milhões doados pela Alemanha para proteger florestas
- Cientistas descobrem cidades de 2.500 anos na Amazônia
Desafios nas terras indígenas
A devastação em terras indígenas diminuiu para 104 km² em 2023, menos da metade do registrado em 2022.
Mas em algumas regiões os resultados preocuparam.
A mais afetada foi a Igarapé Lage, em Rondônia, com um aumento de 300% no desmatamento, atingindo uma área equivalente a 800 campos de futebol.
Outras duas terras indígenas também apresentaram aumentos expressivos na derrubada.
Os territórios Waimiri Atroari e Yanomami, localizados na divisa do Amazonas com Roraima, viram suas áreas desmatadas aumentarem em 300% e 150%, respectivamente.
Queda 77% nas unidades de conservação
Já as unidades de conservação registraram uma queda de 77%, passando de 1.214 km² em 2022 para 282 km² em 2023
Isso representa a menor área de floresta destruída nessas áreas nos últimos nove anos.
Esses resultados são animadores, mas ainda temos muito trabalho pela frente.
Com informações da Agência Brasil.