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Pesquisadores brasileiros criam plataforma que rastreia depressão em idosos
26 de janeiro de 2024
- Vitor Guerras
A plataforma que vai ajudar a rastrear depressão em idosos foi criada por cientistas brasileiros. Foto: Freepik.
A plataforma que vai ajudar a rastrear depressão em idosos foi criada por cientistas brasileiros. Foto: Freepik.

A união de três grupos de pesquisadores trouxe algo inédito e que vai ajudar muitos as casas de repouso no Brasil. Eles criaram uma plataforma tecnológica que vai ajudar no rastreio de depressão em idosos. Além disso, o sistema também capacita profissionais da área de saúde, gerando grande impacto social.

A plataforma é uma criação da ONG Casa Ondina Lobo, com coordenação científica da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O projeto começou a ser desenvolvido em 2022, pela Medlogic.

De início, a expectativa é de capacitar 200 profissionais da área de saúde e beneficiar mais de 400 pessoas idosas. “Inovadora, a plataforma é uma evolução na forma de abordar saúde mental, especialmente em idosos moradores de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs)”, disseram em entrevista exclusiva ao Só Notícia Boa.

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Plataforma multidisciplinar

Em todo mundo, a depressão é um grave problema de saúde pública e atinge mais de 150 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Nesse sentido, a plataforma desenvolvida pelos cientistas faz o enfrentamento a esse problema.

“A plataforma reconhece que cada indivíduo tem suas próprias histórias e necessidades, que se intensificam com o declínio funcional e incapacidades”, disseram os profissionais.

Cada idoso recebe um tratamento além do convencional, direcionado às necessidades únicas.

“Estamos diante de um refinamento no cuidado à pessoa idosa, onde a saúde mental é finalmente colocada no centro das atenções”, explicaram os cientistas.

Acompanhamento a longo prazo

A plataforma tecnológica será aplicada no idosos por um profissional de saúde.

Baseado em protocolos científicos, o profissional faz várias perguntas ao idoso.

Caso haja suspeita, o idoso é imediatamente encaminhado para uma equipe multidisciplinar do projeto e de instituições que acolhem idosos.

Após alguns meses, os mesmos questionados são reaplicados. No total, o idoso responde às mesmas perguntas 3 vezes em um período de 10 meses.

Assim, os profissionais conseguem monitorar o idosos no início, meio e fim do estudo, entendendo o progresso após passar pela equipe multidisciplinar. Com as respostas do idoso, a plataforma dá o resultado de sinais de depressão e outras fragilidades.

Equipe multidisciplinar

A equipe multidisciplinar é coordenada pela Ativa Longevidade, com foco em capacitar o profissional de saúde no processo de avaliação do rastreio de sinais e sintomas de depressão em pessoas idosas.

Desde o início do desenvolvimento do projeto, em agosto de 2022, os profissionais pensaram em uma equipe diversa.

Fazem parte do projeto profissionais da área de psicologia, gerontologia, educação física, fisioterapia, farmácia, fonoaudiologia,psiquiatria e geriatria.

Juntos, os profissionais trabalharam na formulação de um protocolo, em parceria com o Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da UFMG.

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Como ter acesso?

O projeto piloto começou com 70 pessoas idosas moradoras na Casa Ondina Lobo, e, agora, a plataforma já está em uso e disponibiliza gratuitamente aos profissionais de outras ILPIs.

O idoso, ou profissional de saúde interessado, pode procurar a Casa Ondina Lobo para receber todas as informações para o uso da tecnologia.

 

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