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Brasileira surda defende doutorado em Libras no Rio; Pioneira
15 de fevereiro de 2024
- Vitor Guerras
A pesquisadora surda defendeu o doutorado em Libras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. - Foto: Arquivo pessoal.
A pesquisadora surda defendeu o doutorado em Libras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. - Foto: Arquivo pessoal.

Uma pesquisadora surda defendeu o doutorado sobre Libras, a Língua Brasileira de Sinais e reivindicou o protagonismo para surdos na academia.

Heloise Gripp Diniz, de 48 anos, inovou e defendeu a tese em Libras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O ineditismo da conquista é só mais um que ela venceu durante os estudos.

Agora, a primeira surda a conquistar o título no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade, Heloise quer que mais pessoas com deficiência auditiva liderem a produção de conhecimento sobre si próprias.

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Tese sobre vivência

Na academia, a pesquisadora formada em letras-libras, com mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina, inovou no tema.

A tese foi sobre Variação fonológica das letras manuais na soletração manual em Libras.

Assim como o português, a língua de sinais também tem suas variações.

“Minha pesquisa evidencia que há variação fonológica nas letras manuais de acordo com a soletração manual, destacando a diversidade e a riqueza linguística presentes nesse aspecto das libras”, explicou.

Defendeu doutorado em Libras

Para ela, chegar em uma universidade prestigiada como a UFRJ, e defender a pesquisa acadêmica sobre a língua de sinais por meio dela própria, é um avanço para toda a comunidade.

“Este avanço não apenas celebra as conquistas individuais, mas também fortalece o movimento mais amplo em prol dos direitos, inclusão social e reconhecimento dos povos surdos e das comunidades surdas, tanto acadêmicas, quanto não acadêmicas”, destacou.

Heloise fez questão de frisar que a conquista dela avança em direção a uma maior valorização da comunidade.

“Essa conquista simboliza um passo significativo rumo à valorização, visibilidade e respeito pelas contribuições e perspectivas únicas dos surdos em todos os aspectos da sociedade”.

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“Nada sobre nós sem nós”

A pesquisadora defende que pessoas surdas possam se comunicar sem a necessidade de intérpretes:

“Incialmente, os povos surdos eram convidados a participar com informantes em pesquisas, algumas vezes com a presença de intérpretes de libras”, concluiu.

E ela conseguiu!

A tese de Heloise foi sobre as variações das línguas de sinais. Foto: Arquivo pessoal.
A tese de Heloise foi sobre as variações das línguas de sinais. Foto: Arquivo pessoal.

Com informações de Agência Brasil.

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