Isso mesmo! Cientistas coreanos criaram um arroz rosa recheado de proteína animal. Além de ser uma opção mais barata, essa nova técnica promete reduzir o impacto climático e fornecer nutrientes essenciais em um único alimento.
Os pesquisadores da Universidade Yonsei da Coreia conseguiram alcançar esse feito ao adicionar células de carne bovina e gordura de vaca aos grãos crus de arroz.
Depois de serem cobertos com gelatina de peixe e semeados com músculo esquelético e células-tronco de gordura, esses grãos cresceram em laboratório controlado por nove a 11 dias. O resultado? Um alimento com carboidrato, proteína e gordura.
Textura e sabor
Além de ser nutritivo, o arroz carrega um aroma de nozes e umami característicos da carne.
Quando cozido, ele mantém a aparência tradicional, como aquele feito em casa mesmo.
“Embora não reproduza exatamente o sabor da carne bovina, oferece uma experiência de sabor agradável e nova”, disse o professor Jinkee Hong, líder do projeto.
“Experimentamos com vários acompanhamentos e combina bem com diversos pratos”, completou.
Alimento do futuro
Embora o produto ainda não esteja disponível para os consumidores, a equipe de cientistas têm grandes expectativas de que o arroz rosa possa fornecer alívio para a fome.
Ainda esperam que sirva como ração militar ou até mesmo ser utilizado em missões espaciais.
Hong acredita que o arroz rico em nutrientes pode ser uma solução sustentável para a produção de alimentos no futuro.
Versões futuras do arroz também poderão ser produzidas usando outros tipos mais baratos de carne e proteína de peixe.
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8 vezes menos gases
Segundo o estudo, a produção do arroz rosa gera quase oito vezes menos gases de efeito estufa do que a carne bovina convencional.
Isso significa que cada 100 gramas de proteína produzida geram apenas 7 kg de dióxido de carbono, em comparação com os 50 kg provenientes da criação bovina.
E embora a produção de proteínas alternativas ainda seja custosa, os cientistas coreanos estimam que o arroz carnudo poderia custar apenas £ 1,77 (R$ 11,07) por kg.
Você comeria?
Será que essa nova forma de arroz pode ganhar espaço em nossas mesas?
É verdade que o produto final ainda é composto em sua maioria por arroz, com apenas 0,5% de carne.
Segundo a professora Nanna Tuomisto, especialista em sistemas alimentares sustentáveis, para substituir a carne de fato, seria necessário um percentual maior de proteína no produto final.
Mas mesmo assim, pesquisadores e especialistas estão empolgados com o potencial desse avanço, especialmente em relação à segurança alimentar e à redução do impacto ambiental.
Com informaçãoes do New York Post.