Já imaginou se fosse com você? Raimundo Soares teve uma surpresa ao encontrar quase R$ 60 mil enterrados dentro de um pote de sorvete no quintal da casa que tinha acabado de comprar para a filha morar, em Palmas.
O aposentado aproveitou que foi visitá-la e resolveu limpar a área externa do ímovel. Foi aí que se deparou com a quantia. Mas a honestidade dele falou mais alto. Ele acionou as autoridades e entregou todo o valor na delegacia que agora investiga o caso.
“É porque o dinheiro não é meu […] Não importa a quantia, só que não me pertence. Eu não poderia guardar o que não era meu. É o correto e o que veio na minha cabeça, pedi a orientação de Deus, foi ligar para a polícia, para investigar o caso, se achar que deve”, disse Raimundo à TV Anhanguera.
Saco de lixo soterrado
O advogado do aposentado disse em comunicado que ele foi tirar uns lixos do quintal e percebeu que havia um saco de lixo um pouco soterrado com uma parte para fora.
Quando puxou o saco preto, ele viu que tinha um pote de sorvete. Mas não tinha nem sorvete, nem feijão lá dentro!
Todo o dinheiro estava cuidadosamente separado em cédulas de R$ 100 e R$ 50 amontoado no recipiente.
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O que vão fazer com o dinheiro?
A polícia agora vai fazer uma perícia desse dinheiro para verificar a legalidade e o boletim de ocorrência.
Também vão fazer um levantamento para saber de quem era a propriedade e de quem era o dinheiro.
Se não a Polícia Civil não encontrar o dono do objeto, o Poder Judiciário é acionado e geralmente determina a doação para alguma instituição.
Uma equipe da Polícia Federal também foi ao local para fazer uma vistoria em todo imóvel. Até agora não foram achados mais valores.
Achado não é roubado
Bom, não é isso que diz o Código Penal Brasileiro.
Se apropriar de bem perdido ou esquecido pelo dono, sem devolver ou entregar às autoridades em 15 dias, é considerado “crime de apropriação de coisa achada”.
Isso se aplica quando você acha algo perdido, tanto em lugares públicos quanto em locais privados.
Além disso, a lei também fala sobre apropriação de tesouro. Por exemplo, se você encontrar um tesouro em um prédio que não é seu e decidir ficar com ele, isso também é considerado crime – como foi o caso de Raimundo.
A pena é de até 1 ano de prisão e multa.