Um cão farejador, depois de 10 anos atuando na apreensão de drogas, se aposentou e foi adotado por uma instituição que ajuda menores com dependência. Agora, ele vai auxiliar jovens de forma terapêutica!
Rocco era acostumado a combater o crime nas ruas com policiais, mas a aposentadoria chegou e é o momento de descansar. Mas nem por isso ele vai parar os trabalhos, Rocco está contribuindo com terapia multidisciplinar na Associação Fraternidade Aliança (AFA), em Foz do Iguaçu.
No local, são acolhidas crianças e adolescentes, de 10 a 18 anos, que necessitam de uma proteção temporária. Na casa, o cachorrinho se torna um escape dos sentimentos para os pequenos. “Rocco deixou o ambiente mais leve, deu maior ar de casa para esses acolhidos”, contou Cláudia Souza dos Santos, coordenadora da unidade.
Momento do descanso, mas nem tanto
Rocco tem 12 anos e chegou a hora de se aposentar!
Agora, ele que atuou na linha de frente contra as drogas, vai continuar no mesmo campo, mas um pouquinho diferente.
“O Rocco, além disso, na aposentadoria, ele foi pegar a pessoa que sofre as consequência desse uso de droga para ajudar na recuperação […] Pegou esses dois lados: da prevenção, do combate e depois na ajuda ao tratamento das vítimas”, disse Fernando Benedetti Mabillot Júnior, integrante do canil da PF.
Ajudou menino de 11
Na Associação Fraternidade Aliança, Rocco já é querido por todos.
Um dos casos que mais chamaram a atenção de Cláudia Souza, é o de um menino de 11 anos.
O garotinho tem dependência de crack, mas viu em Rocco uma grande amizade.
“Eles [Rocco e o menino] têm uma relação muito próxima mesmo, parecia que já se conheciam de outras vidas […] Tem uma intimidade entre os dois que é assim, que parece que já tinha sido construída anteriormente”, disse.
Para ela, o cachorro tem muita importância para a criança.
“Esse menino tem uma história de dor, de sofrimento, e o cachorro foi essencial”.
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Um dos melhores da PF
Quando estava na linha de frente contra o tráfico, Rocco era um dos melhores.
Segundo Cícero de Oliveira Fontenele Moraes, que acompanhou durante anos Rocco no Paraná, o animal foi um dos melhores cães que a PF teve.
“Rocco foi dos melhores cachorros que já passou pela nossa mão. Ele é extremamente ativo, comprometido, muita energia […] Realmente ele é muito bom, ele é muito sensível e é um cachorro ótimo, ele tem comportamento bom, é muito obediente. É realmente o padrão que a gente quer num dos nossos cães”.
Fernando Benedetti explica que uma das características que fizeram Rocco ser escolhido como cão farejador, foi o fato dele ser brincalhão.
“O treinamento é associativo, então você associa o odor da droga ao brinquedo dele. Então ele acha que está procurando o brinquedo, mas está procurando a droga. Quando ele encontra a droga, ele indica para a gente e a gente apresenta para ele o brinquedo […] Termina como brincadeira para eles, não trabalho. O trabalho é nosso”.
Com informações de G1.