Com direito a muita emoção e aventura, um homem paraplégico, veterano de guerra, relembra a sensação das pernas depois que saltou pela primeira vez sozinho de paraquedas. Para ele, o esporte radical é uma forma de se reconectar com seu passado.
Alex Dillman, é um norte-americano da Flórida. Durante sua segunda missão no Afeganistão, o soldado foi atingido por um explosivo e perdeu a sensibilidade dos membros inferiores. Ao voltar para casa, o soldado caiu em depressão. Mas o esporte deu nova força de vida a ele.
Desde 2019 Alex vem treinando para um salto solo. Finalmente, depois de muita dedicação, ele venceu o que parecia impossível. “Nada como meu primeiro salto solo, porque foi minha primeira conexão com meu antigo modo de vida. Uma vez que você faz isso sozinho, espera-se que você tenha um bom desempenho. Não estive nessas circunstâncias desde que estava ativo. Fiquei fisgado, sabia que isso era uma peça do quebra-cabeça”, contou.
Explosivo improvisado
O pesadelo de Alex começou durante sua segunda missão no Afeganistão.
Em meio a guerra, o veículo em que ele estava foi atingido por um dispositivo explosivo improvisado.
Com os ferimentos, Alex acabou perdendo o movimento das pernas.
A partir disso, se inicia uma grande jornada para recuperar sua autoestima.
Depressão e estresse
De volta para casa, o soldado foi acometido por uma depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Ele então descobriu que o esporte poderia ajudar nessa jornada.
Alex começou a praticar paraquedismo e tinha o sonho de um voo solo.
1° voo sozinho
Desde 2019 ele treinou para isso, mas o voo solo era muito difícil.
“Você pode estar caindo a 190 km/h e, se a inclinação do corpo não estiver correta, você pode ficar desorientado ou perder o controle.”
Com dificuldade de mexer as pernas, tudo poderia dar errado.
Mas depois de 5 anos, o voo solo finalmente saiu, e ele não poderia estar mais feliz.
Liberdade contra depressão
A terapia da aventura caiu como uma luva para combater a depressão.
No esporte, Alex se livra de um fator limitante: a cadeira.
“[A] grande vantagem do paraquedismo é que ele me tira da cadeira. Não levo minha cadeira comigo, então estou livre. Não preciso estar na cadeira para realizar o ato de saltar de paraquedas.”
Além disso, o ex-soldado explica que consegue se conectar melhor consigo mesmo quando está praticando o esporte radical.
“Posso sentir minhas pernas e meus pés até certo ponto. Posso ter uma noção melhor do meu ser geral, sentir o que minhas pernas estão fazendo, sentir o que meus quadris estão fazendo. 30 segundos ou 60 segundos… é o suficiente para mim!”.
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Orgulho dos filhos
Outro fator motivante para Alex é ver seu filho o observando durante um salto.
A criança, que está sempre acostumada a ver o pai em uma cadeira, tem uma outra visão.
“Com as crianças, você sabe… elas estão sempre observando, estão sempre observando. Quer você saiba ou não, elas estão nos observando. [Ele] só me viu na cadeira de rodas, então ele não sabe diferente, mas ele me viu navegar pela vida e realizar tarefas sem usar as pernas.”
Alex ficou tão inspirado pelo esporte, que ingressou em uma organização sem fins lucrativos de terapia de paraquedismo para melhorar a saúde mental de veteranos, socorristas e pessoas com TEPT.
Veja Alex em ação!
Com informações de Fox 13.