Bacalhau caro? Chef ensina opções criativas e mais baratas para a Sexta-Feira Santa
Não é porque o preço do bacalhau anda caro, nas alturas, que a gente vai ficar sem opções criativas para um delicioso almoço em família, mantendo a tradição do peixe à mesa.
A reportagem do Só Notícia Boa pediu ao chef Stein, de São Paulo, duas sugestões para adaptar o Bacalhau a Gomes de Sá ao orçamento da gente E ele foi além. Ensinou a receita tradicional e também como fazer a troca por um peixe mais em conta, sem perder o sabor do prato.
A sugestão vale para o robalo ou a sardinha em lata: “Isso mesmo, sardinha em lata. Fica delicioso e o importante é seu almoço da Sexta-feira Santa”, disse Stein. (veja receita abaixo)
Porque peixe na Sexta-feira Santa
Gastronomia é a arte derivada de tradições culturais. Quer um bom exemplo? O costume de comer bacalhau na Sexta-Feira Santa.
Na tradição católica, após um jejum de 40 dias, na Quaresma, Jesus retorna de seu período de reflexão no deserto e prepara-se para a Páscoa, momento em que em várias tradições religiosas, significa a renovação.
Ao longo dos séculos, esse período de recolhimento foi sendo representado pela abstinência à carne vermelha e daí é que entra o peixe no nosso cardápio.
Com a colonização portuguesa, o bacalhau acabou caindo nas graças também do paladar brasileiro, tanto que a iguaria tem sido a preferida para o almoço da Sexta-feira Santa.
“Tem uma outra tradição, esta dos brasileiros, que são famosos por serem muito criativos, aliás, uma prerrogativa também dos chefs de cozinha”, argumenta o chef Vladimir Stein, com 30 anos de experiência no assunto.
Alternativa ao bacalhau a Gomes de Sá
Para os tempos de preços altos do bacalhau, o Chef Stein tem soluções bolsos e paladares.
Chef de cozinha, consultor gastronômico, sommelier, bartender e hoje está à frente do Espaço Umbrella Gastronomia e Eventos, na cidade de Cosmópolis, SP, ele percorre o Brasil realizando eventos gastronômicos e jantares harmonizados e hoje ensinou ao SNB uma receita criativa a partir de uma receita clássica de bacalhau, o famoso “a Gomes de Sá”.
O prato é feito com batatas, azeitonas, pimentões verdes, cebola, ovos cozidos, muito azeite para regar, e que é montado em uma travessa refratária e assado ao forno.
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O Gomes de Sá sem bacalhau
Veja a receita do chef Stein que substitui o bacalhau por um peixe mais barato, mantendo os ingredientes e o aroma da bacalhoada.
Pode ser com duas latinhas de sardinha grandes, para quem gosta. Para quem prefere um peixe fresco, o Chef Stein indica a montagem do Gomes de Sá com 500 gr de robalo.
Ingredientes
- 2 cebolas cortadas em rodelas
- 2 tomates cortados em rodelas
- 500 gr de batatas descascadas e cortadas em rodelas
- Azeite a gosto
- Salsinha a gosto
- Pimenta a gosto
- 1 Pimenta dedo-de-moça sem sementes
- 2 dentes de alho
- 2 ovos cozidos
- Azeitonas pretas sem caroço
- Sal a gosto
- Pimentão em tiras
- Modo de preparo
Caso a escolha seja pelo robalo, o peixe precisa ser temperado previamente, usando limão, sal e pimenta. Em uma frigideira, selar brevemente em ambos os lados, antes de montar a forma que irá ao forno.
As batatas devem ser previamente cozidas “ao dente” em água e sal.
Para ir ao forno
Em uma forma ou refratário grande, regue a base com azeite e vá formando camadas com rodelas de cebola, tomates, rodelas de batatas cozidas, o peixe escolhido e pimentão. Coloque também a pimenta dedo-de-moça bem picada e sem sementes, e o alho, igualmente picado, espalhados pelo refratário. Essa sequência deve ser colocada em camadas até usar todos os ingredientes.
Quando a travessa estiver completa, acrescente azeitonas pretas sem caroço e os ovos cozidos cortados. Salpique com cheiro verde picado e regue com mais um pouco de azeite. Leve ao forno pré-aquecido por 30/40 minutos a uma temperatura de 180 graus.
Pode servir com arroz branco.
E feliz Páscoa!
Reportagem com apoio de Sandra de Angelis