Estas 5 ideias inovadoras estão comprometidas para ajudar na produção de alimentos e no combate à fome no Brasil.
Entre elas, uma técnica que aproveita o potencial do caju no Piauí. Lá, pesquisadores criam alimentos a partir do reaproveitamento do bagaço do fruto.
De São Paulo, vem outra ideia incrível. Três engenheiros criaram a maior fazenda vertical da América Latina. A colheita é moderna, com comidas de qualidade mais baratas e colhidas em até metade do tempo das hortas tradicionais!
Apoio internacional
Apesar de serem brasileiras, todas elas têm o apoio da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
A organização lidera os esforços no mundo todo para combater a fome, que atinge hoje 9% da população mundial.
“No Brasil, 4,7% da população está na situação de fome e ao redor de 32.8% de insegurança alimentar grave ou moderada”, disse Jorge Meza, diretor da FAO no Brasil.
É nesse contexto que o Brasil tem 5 projetos incríveis que buscam virar esse jogo para melhor.
Veja cada um deles agora!
Irrigação na zona rural
O solo da zona rural de Parnaíba, no Piauí, ganhou uma tecnologia inspirada em Israel, que cortou a terra seca com canais de irrigação e fez nascerem os Tabuleiros Litorâneos.
O resultado foi incrível e gerou emprego e uma produção significativa de alimentos, como acerola e caju.
“Pessoas humildes tiveram oportunidade de vir para cá e produzir alimento, que é o importante para a humanidade”, diz o produtor de acerola, Eduardo Pinto.
Desperdício 0
E o caju também está envolvido em outro processo de combate à fome no país.
Pesquisadores do Núcleo de Tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal do Piauí, em Teresina, criam alimentos aproveitando o bagaço do fruto.
Antes descartado pela indústria, hoje o fruto alimenta 3.500 pessoas.
“É uma tecnologia que pode ser transferida para muitos outros países,sobretudo os países africanos, que são grandes produtores de caju”, disse Lívio César Nunes, cientista farmacêutico da UFPI.
A fibra de caju, aliada com o feijão-caupi, gera uma nova massa que pode ser usada para fazer almôndega, por exemplo.
Nada é descartado e a meta aqui é reduzir o desperdício ao máximo!
Novos tipos de fazenda
E que tal uma fazenda vertical?
Em São Paulo, três amigos engenheiros pensaram na prática inspirados por fazendas da Holanda.
Esse tipo de plantação quer resolver questões de desperdício de alimentos com o longo deslocamento entre as cidades.
“No futuro a gente imagina que toda a cidade vai ter a sua própria produção, em que consegue trazer esse fator de frescor e de qualidade”, afirma o criador da Pink Farms, Rafael Delalibera.
A maior fazendo vertical da América Latina tem todo um ambiente controlado, opera em grandes galpões e é farta de hortaliças.
Até o final de 2024, a fazenda vai chegar ao número de 80 plantas sendo produzidas no espaço.
O galpão fica em Vila Leopoldina e no plantio das hortaliças, o método gasta 400 vezes menos água e 60% menos fertilizantes.
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Alimentos direto do mar
Outra prática sustentável no país fica na Praia do Forno, em Arraial do Cabo.
Uma fazenda marinha pioneira adota o cultivo multitrófico, ou seja, a criação de várias espécies.
Ao todo, são 15, como pitangolas, xereletes e pampas. Há também a produção de ostras, vieiras e mexilhões.
Graças a esse tipo de trabalho, o maricultor Edilson Souza, e a esposa, Claudiléia, conquistaram uma nova vida.
“É muito trabalho, mas eu gosto. Vale a pena […] Fico emocionado… Não tinha um café para tomar, não tinha um pedaço de pão para comer”, disse o homem.
Além disso, os trabalhadores também conseguiram uma pequena casa alugada, um sonho para quem há cinco meses atrás morava de favor.
Com informações de Globo Repórter.