Pela primeira vez, astrônomos encontraram evidências de um fenômeno conhecido como “efeito glória” – parecido com um arco-íris redondo – em um planeta fora do nosso sistema solar.
O espetáculo, comum na Terra e descoberto também em Vênus há dez anos, só ocorre sob condições bem específicas. A luz de uma estrela precisa brilhar sobre uma névoa de gotículas quase perfeitamente esféricas.
A descoberta, feita no planeta chamado WASP-76b, há 637 anos-luz de distância da Terra, foi publicada na revista Astronomy & Astrophysic mostra o quão habitáveis poderiam ser os planetas distantes.
Nuvens pingam ferro derretido
O WASP-76b foi descoberto em 2013 e é um planeta ultraquente, semelhante a Júpiter.
Embora seja 10% menos massivo que o nosso primo listrado, tem quase o dobro do tamanho.
Um lado está sempre voltado para o sol e atinge uma temperatura insuportavelmente quente de 2.400 graus Celsius.
O outro lado está sempre longe do sol, o que faz viver uma noite ‘sem fim’ onde as nuvens pingam chuva de ferro derretido.
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Planetas habitáveis
O registro desse efeito luminoso foi resultado de 23 observações ao longo de três anos que revelaram um aumento significativo na luminosidade do lado leste do planeta, onde o dia encontra a noite.
Análises do Satélite de Caracterização de Exoplanetas (CHEOPS) da Agência Espacial Europeia sugerem que entre estes dois lados pode haver uma “glória”.
“Se for confirmado com estudos futuros, esta primeira glória exoplanetária tornaria o WASP-76b um corpo verdadeiramente único – e nos daria uma bela ferramenta para compreender as atmosferas de exoplanetas distantes e quão habitáveis eles poderiam ser”, disse o co-autor da pesquisa, o Dr. Thomas Wilson.
Precisam confirmar o fenômeno
O próximo passo será utilizar o Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA para confirmar oficialmente a presença desse fenômeno na atmosfera do WASP-76b.
A identificação positiva de uma glória no WASP-76b daria aos cientistas um plano para procurar o mesmo fenômeno em outros planetas.
Leia o artigo com o resultado dos estudos aqui.
Com informações do ScienceAlert.