Um exemplo de que sempre é possível recomeçar! Ainda na prisão, esse homem terminou os estudos e agora, quatro meses depois de ficar livre, vai cursar direito na Northwestern Law School, faculdade renomada dos Estados Unidos.
Com 16 anos, Benard McKinley foi preso por assassinato e, aos 19, foi condenado a 100 anos de prisão. A pena foi reduzida para 22 anos e meio, que ele cumpriu integralmente.
Ao ser transferido para uma prisão de segurança máxima, ele fez uma promessa a si: “Não importa qual fosse o resultado, eu apenas tentaria fazer o melhor por mim mesmo”, disse ele. “Eu sabia que queria melhorar e fiz isso”.
O começo da jornada
Após ver o estresse que os custos dos advogados estavam causando à família, Benard se apresentou para estudar no Desenvolvimento Educacional Geral (GED) enquanto estava encarcerado na cidade de Stateville. O curso é um diploma de equivalência ao ensino médio.
Ela também decidiu aprender mais sobre direito para ajudar aqueles que não tinham acesso ou recursos para assistência jurídica.
“Eu estava retribuindo e contribuindo para aqueles que precisavam de ajuda – você sabe, apesar de estarem encarcerados comigo, eles ainda eram seres humanos”, disse Benard.
Programa de Educação Prisional
Benard estava empolgado em continuar os estudos. Ele se inscreveu e foi aceito no Programa de Educação Prisional (PEP), que é altamente competitivo.
Em 2023, das 400 pessoas que se inscreveram, apenas 40 foram aceitas.
O PEP, lançado no outono de 2018, é o único programa nos Estados Unidos que confere diplomas de bacharel a pessoas encarceradas em uma das 10 melhores universidades, disse a diretora do programa, Jennifer Lackey.
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Ele ficou bem focado nos estudos
Os requisitos de graduação da Northwestern University eram rigorosos e McKinley estudou intensamente, com aulas de ciências políticas, termodinâmica e muito mais.
“Ele estava incansavelmente focado e simplesmente se desligou de todas as distrações com o único objetivo em mente de voltar para casa e ir para a faculdade de direito”, disse Lackey. “E aqui está ele”.
Mas para o ex-prisioneiro, a experiência foi transformadora. “Me permitiu refletir sobre quem eu pensava que era, quem queria ser e para onde queria ir”.
O esforço valeu a pena
Benard começou a se inscrever para a faculdade de direito no ano passado. Fez redações de inscrição e coletou cartas de recomendação, tudo isso enquanto estava encarcerado.
No texto sobre a jornada pessoal, o homem detalhou como ele passou da prisão aos 19 anos até a obtenção de um diploma na prestigiada universidade.
Agora, é o primeiro graduado do Programa de Educação Prisional (PEP) da Northwestern a ser aceito em uma faculdade de direito.
O primeiro da família na faculdade
Aos 39 anos, Benard deve começar o curso em agosto deste ano.
O objetivo é se tornar um advogado de direitos civis e abrir o próprio escritório para ajudar comunidades marginalizadas.
Ele é a primeira pessoa da família a frequentar a faculdade, e está saboreando a conquista e, ao mesmo tempo sentindo responsabilidade.
“É incrível. Definitivamente, sou um modelo positivo para a geração futura e minha família. Então, você sabe, eu tenho um trabalho a fazer”, disse ele.
Com informações ABC News e The Guardian.