Um marco histórico na medicina brasileira! A USP (Universidade de São Paulo) inaugurou um laboratório de biotecnologia avançada que vai produzir órgãos de suínos para transplante em humanos.
O espaço foi criado com alto nível de segurança biológica para que os porcos que nascerem lá dentro não sejam contaminados por germes externos, o que é fundamental para evitar rejeições nas pessoas que receberem os órgãos.
Os cientistas esperam que, em um ou dois meses, já tenham os primeiros suínos clonados, e em até três anos já seja possível usar coração, rim, pele e córnea geneticamente modificados em transplantes. Isso pode diminuir a fila de espera por órgãos no Brasil.
Xenotransplante
Este tipo de transplante é conhecido como xenotransplante, uma área dedicada a curar pacientes humanos com o uso de células, tecidos ou órgãos de animais.
Os órgãos dos suínos são os mais semelhantes aos dos seres humanos, mas durante décadas essa técnica enfrentou desafios devido à rejeição imunológica do corpo humano aos órgãos animais.
Os pesquisadores conseguiram identificar nos suínos quais são os genes responsáveis por essa rejeição e depois editaram e silenciaram aqueles que causam essa rejeição.
Esses avanços recentes na modificação genética de porcos dão uma nova esperança de superar essa barreira e contribuir para a redução da escassez de órgãos disponíveis.
Fábrica de órgãos
Atualmente, pelo menos 60 mil brasileiros aguardam por um órgão para transplante. Desses, 37 mil esperam um transplante de rim.
A ideia de criar uma “fábrica de órgãos” no Brasil foi do médico Silvano Raia, renomado pioneiro em transplantes.
A primeira unidade do projeto Xeno BR terá um berçário e uma creche onde os porcos passarão os primeiros meses de vida.
A ideia é prepará-los para os procedimentos futuros, como inseminações artificiais para gerar novas gerações.
Outro laboratório maior do que esse tem previsão de ficar pronto em outubro. E ainda tem um terceiro que está em fase de construção.
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Primeiro transplante de rim de porco
Recentemente, nos Estados Unidos, uma equipe liderada pelo médico brasileiro Leonardo Riella realizou um transplante de um rim de porco em um paciente humano vivo.
A operação foi um sucesso, e duas semanas após o procedimento, o paciente Richard Slayman já voltou para casa com o órgão novo.
A equipe médica acredita que o rim possa funcionar por pelo menos dois anos.
Em uma publicação nas redes sociais, Richard disse que há muito tempo não se sentia tão saudável.
Vai ciência!
Com informações do Jornal Nacional.