Descoberta histórica! Pesquisadores italianos da Universidade de Pisa encontraram papiros no sítio arqueológico de Herculano, no sul da Itália, que indicam o lugar exato onde estaria a sepultura do antigo filósofo grego Platão.
Platão foi enterrado em um jardim feito para ele na “Academia”, uma famosa escola fundada pelo filósofo em 387 a.C., perto do chamado Museion – um pequeno edifício sagrado para as musas da mitologia grega.
Para encontrar a localização, a equipe usou Inteligência Artificial para decifrar os pergaminhos de Herculano que foram carbonizados 79 d.C após uma erupção vulcânica.
Decifraram mil palavras
A descoberta foi feita pelo projeto GreekSchool e divulgada pela imprensa do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália.
Graziano Ranocchia e equipe decifraram mil palavras, o que corresponde a 30% de um papiro carbonizado.
É difícil ler o que está no pergaminho devido aos danos causados pela erupção.
Ajuda da IA e outras tecnologias
Para isso, eles usaram tecnologias inovadoras. Isso inclui imagens ópticas infravermelhas e ultravioletas, imagens moleculares e elementares, imagens térmicas, tomografia e microscopia óptica.
Com uma câmera, eles tiraram centenas de fotos do documento que foram analisadas por um algoritmo.
“Poder finalmente identificar essas camadas e realocá-las virtualmente à sua posição original significa reunir uma enorme quantidade de informações em comparação com o passado”, destacou Ranocchia.
A expectativa é que os textos sejam completamente analisados até 2026.
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Quem foi Platão
Platão morreu por volta de 347 AC, quando tinha 80 ou 81 anos, e é indiscutivelmente o maior de todos os filósofos gregos.
Ele teve Sócrates como mentor e Aristóteles como aluno.
Até agora, só se sabia que o filósofo havia sido sepultado na Academia, mas não exatamente onde.
“Em comparação com as edições anteriores, existe agora um texto quase radicalmente alterado, implicando uma série de fatos novos e concretos sobre vários filósofos acadêmicos”, explicou Ranocchia.
Vendido como escravo
A análise também revelou que Platão pode ter sido vendido como escravo em 399 a.C., após a morte de Sócrates, ou em 404 a.C., durante a conquista espartana de Egina.
“Até agora, acreditava-se que Platão havia sido vendido como escravo em 387 aC, durante sua estada na Sicília, na corte de Dionísio I de Siracusa”, disse Ranocchia.
Em outra parte, num diálogo entre personagens, Platão mostra desdém pelas habilidades musicais e rítmicas de um músico bárbaro da Trácia.
Curioso, né? E uma descoberta super importante para a história!