O vôlei brasileiro disse um grande “não” ao preconceito ao lançar uma nova campanha contra a discriminação. A ocasião escolhida foi o Dia Internacional de Combate à Homofobia, Bifobia e Transfobia, nesta sexta, 17 de maio.
No jogo entre Brasil e Estados Unidos, pela Liga das Nações feminina, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) apresentou a campanha: “Com Preconceito Não Tem Jogo”.
Antes do início da partida, personalidades do vôlei como Natinha e Nyeme, Maria Clara, Thiagão, Anderson Melo, Sheilla e a mascote Zecaré, entraram com uma camisa personalizada com as cores LGBTQIA+ na quadra. “Família, a gente defende. Por isso, não pedimos respeito, nós exigimos respeito. Nós não toleramos racismo, homofobia ou qualquer tipo de preconceito”, dizia uma voz no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
Com Preconceito Não Tem Jogo
Na entrada do Maracanãzinho, também foram distribuídas tatuagens temporárias para a torcida com o slogan da campanha, além do vídeo exibido e do manifesto antes do jogo.
Segundo Radamés Lattari, presidente da CBV, em ano de olimpíadas as mensagens ganham um alcance ainda maior e a escolha da campanha foi acertada.
“Estamos a pouco mais de dois meses dos Jogos de Paris 2024. E em um ano olímpico o alcance das mensagens é ainda mais amplificado. Além do trabalho constante para manter nossa excelência esportiva, a CBV quer que o voleibol seja um instrumento de inclusão, educação e respeito. Essa campanha traduz esse pilar desta gestão”, explicou.
A iniciativa vai se desdobrar nas redes sociais da Confederação, além de se repetir na disputa masculina da Liga das Nações, na próxima semana.
Camisa antipreconceito
E para marcar o início da campanha, uma camisa comemorativa foi lançada.
Toda a iniciativa foi desenvolvida em parceria com a End To End e a camisa antipreconceito trazia, na gola dos atletas, vários símbolos das minorias.
Quando as personalidades entraram na quadra com o símbolo, a torcida aplaudiu e vibrou muito.
“Um uníssono, o Maracanãzinho disse não ao racismo, à homofobia e a qualquer outro tipo de discriminação!”, disse a CBV no Instagram.
Para Radamés, a CBV deu o recado: “O preconceito não tem espaço no vôlei e na sociedade. É este o recado que queremos dar, com apoio de Federações, atletas, ex-atletas, técnicos e clubes”.
Política para promover equidade
Em 2022, a CBV se tornou a primeira confederação esportiva do Brasil a adotar uma política para promover a equidade de gênero e a valorização da diversidade.
Depois da ocorrência de casos de racismo em jogos da Superliga B, mudanças no regulamento propostas pela CBV tornaram ainda mais duras as penalizações para aqueles que praticarem atos de preconceito.
“Estamos muito orgulhosos em fazer parte de um movimento tão importante para a sociedade como este liderado pela CBV. O esporte traz valores inegociáveis e tem um viés educacional que é imprescindível ser propagado. Vivemos um momento de amplificar as pautas e combater o preconceito, tendo como foco a conscientização das pessoas”, explicou Danielle Vilhena, Diretora de Projetos e Operações de Marcas da Agência End to End.
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Como foi o jogo
A Seleção deu show dentro e fora da quadra. Apesar da fortíssima Seleção dos Estados Unidos, as meninas do Brasil chegaram ao terceiro triunfo seguido na Liga das Nações.
Já classificado para as Olimpíadas de Paris, o Brasil bateu as norte-americanas por 3 a 1.
O tabu de cinco anos de jejum sem vencer os Estados Unidos acabou e a Seleção Brasileiro está com nove pontos no torneio.
No equilibrado quarto set, o Brasil contou com a ajuda da torcida e a inspiração de Gabi, para vencer e fechar o jogo com partida de 25/19.
Agora, as meninas voltam para quadra no próximo domingo, às 10h, para enfrentar a Sérvia.
Veja como foi o lançamento da campanha contra discriminação:
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Nas redes a CBV divulgou um vídeo com o tema:
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As meninas do Brasil derrotaram os Estados Unidos vencendo o quarto set. Veja:
A festa é nossa! Brasil vence o quarto set e derrota os Estados Unidos por 3 sets a 1 25 x 19 #VNLnoRio pic.twitter.com/TTtUbnulxx
— Vôlei Brasil (@volei) May 18, 2024