Tratamento humanizado. Durante o “Dia do Desejo”, um hospital de Fortaleza liberou refeições feitas pelos papais e mamães dos pacientes, que estão internados, para oferecer um momento de conforto e satisfação.
A iniciativa quinzenal é para pessoas durante todo o ciclo de quimioterapia. Ao receberem refeições afetivas com os alimentos preparados em casa, os pacientes fogem um pouquinho da dieta básica hospitalar.
O cuidado é simples, mas pode mudar a perspectiva dos pacientes. “Eles identificaram a importância da alimentação para os pacientes, muitos dos quais passam longos períodos internados”, explicou o médico hematologista Rodrigo Monteiro, coordenador do serviço no HGF, Hospital Geral de Fortaleza.
Processo acompanhado
Todo o processo é acompanhado por uma equipe multidisciplinar, que envolve médicos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, entre outros.
Assim que a comida é entregue pela família, o alimento é vistoriado antes de levado ao paciente.
“A equipe trabalha conjuntamente para garantir o bem-estar e a adequada nutrição dos pacientes”, disse a nutricionista, Rosângela Alencar.
O Dia do Desejo
A iniciativa é realizada para ajudar pacientes durante a quimio, que normalmente dura um mês.
Pacientes com leucemias agudas, ficam em média 20 a 30 dias internados devido à complexidade do tratamento.
E levar um pouquinho de conforto pode ajudar até mesmo na recuperação deles.
“Quando eu cheguei aqui e soube do projeto, achei muito interessante, porque não é todo hospital que faz isso, né? Se preocupar com o que o paciente deseja comer é algo especial, especialmente porque é cansativo comer a mesma comida todos os dias”, disse Valéria Moreira de Oliveira, internada há 21 dias.
Leia mais notícia boa
- Menina de 2 anos doa medula e salva a vida de irmã com leucemia
- Remédio experimental reverte leucemia em homem que foi desenganado
- Menino de 11 anos se emociona ao tocar sino após cura da leucemia
Pacientes aprovam
O projeto funciona desde 2022 no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Vando Bastos Alexandre, de 45 anos e que está em tratamento com três ciclos de internações que duram em média vinte e um dias, elogiou a iniciativa.
“É muito bom, porque a gente acaba enjoando das comidas servidas no hospital. Passamos muito tempo aqui e ficamos sem paladar, sem vontade de comer. Comer uma comida diferente, que você gosta, que tem o costume de comer em casa, é muito bom, fortalece o corpo e anima o espírito”, contou.
Rosângela contou que a ideia além de levar conforto emocional, proporciona uma satisfação alimentar maior.
O projeto é uma forma também de fazer um trabalho educativo com os pacientes.
“Há um esforço contínuo para educar os pacientes sobre a importância de uma alimentação equilibrada e natural, com menos industrializados e carboidratos refinados, para melhorar a resposta ao tratamento e minimizar os efeitos colaterais da quimioterapia”, finalizou.
Boa ideia, não?
Com informações de Secretaria da Saúde do Ceará.