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Gel de gengibre-amargo pode ajudar contra amputações em diabéticos
23 de junho de 2024
- Vitor Guerras
O gel de gengibre-amargo foi testado clinicamente e conseguiu curar feridas e reduzir amputações. Foto: Satjawat/Adobe Stock.
O gel de gengibre-amargo foi testado clinicamente e conseguiu curar feridas e reduzir amputações. Foto: Satjawat/Adobe Stock.

Um gel cicatrizante à base de gengibre-amargo, desenvolvido por brasileiro, pode proteger diabéticos contra amputações, caso comum na doença. A novidade vem direto da natureza amazônica!

Os estudos começaram em 2015, coordenados pelo biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Carlos Cleomir Pinheiro. O medicamento é um hidrogel que trata feridas, impedindo que o quadro se agrave.

Em um ensaio clínico feito com 27 participantes, o gel conseguiu curar 95% dos pacientes com lesões. O sucesso foi tão grande que, uma empresa vai produzir em larga escala!

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Como funciona

Feito a base de água, o gel atua em duas distintas frentes. A primeira é a hidratação da ferida, enquanto a segunda é a remoção de tecidos mortos ou danificados.

O segredo para melhorar a cicatrização e evitar as amputações está no bioativo zerumbona, presente no gengibre-amargo.

Segundo Danniel Pinheiro, filho de Carlos e diretor-executivo da Biozer, empresa que patenteou o gel, a novidade será usada para úlceras de pressão.

A úlcera de pressão relacionada ao diabetes é uma condição que afeta, principalmente, pessoas com capacidade limitada de mudar de posição.

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Outro benefícios

E não para por aí, o produto tem ainda uma série de benefícios, para além da cicatrização.

Durante as pesquisas desenvolvidas no Inpa, a substância apresentou alta atividade antimicrobiana, anti-inflamatória e até mesmo analgésica.

Para Danniel, a combinação de todas as propriedades, somadas ao efeito vasodilatador que o medicamento tem, é o que favorece a cura dos ferimentos.

Próximos passos

Além da Biozer, detentora da patente, a produção tem apoio do Instituto de Conversação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

O produto ainda não pode ser comercializado e aguarda um novo ensaio clínico, que será realizado desta vez com 100 pacientes da capital amazonense.

Depois, o gel à base de gengibre-amargo também vai ter que passar pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Segundo Danniel, a expectativa é que todos os trâmites burocráticos fiquem prontos até o final de 2025.

O gel foi desenvolvido a partir de estudos no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Foto: Arquivo/Biozer.
O gel foi desenvolvido a partir de estudos no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Foto: Arquivo/Biozer.

Com informações de Estadão.

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