Esse menino aprendeu programação com videogame e os jogos o levaram a um prêmio de US$ 55 mil (aproximadamente R$ 300 mil). Foi o entretenimento que despertou a paixão pela tecnologia no rapaz!
Filho de pais filipinos imigrantes que moram nos Estados Unidos, John Benedict sempre entrava em conflito com a mãe no início. A paixão por jogos e o alto tempo de tela, deixavam a professora, Maria Estrada, na dúvida se o filho estava seguindo o caminho certo.
Segundo Maria, John começou a jogar na quinta e sexta série e adorava Mario e Pokémon. Em certo momento, só jogar não satisfazia mais a criança e ele quis aprendeu como fazer um jogo. O interesse pela tecnologia começou a ajudar John nas feiras de ciências da escola, até que ele começou a ganhar vários prêmios. Hoje, o menino é um sucesso!
Mãe em dúvida
Maria Estrada tem 51 anos e é professora de ciências vegetais na Fresno State. Além de John, ela também é mãe de Pauline, outra apaixonada por tecnologia.
No início, não foi nada fácil para Maria lidar com a paixão dos filhos. “Qualquer tecnologia tem um aspecto positivo e um negativo. No início, eu estava apenas olhando para o negativo. Você não quer que seus filhos fiquem muito no computador”, declarou.
Ela começou a ler vários artigos sobre crianças começando cedo em computadores, smartphones e iPads e foi, cada vez mais, achando que aquilo só faria mal ao filho.
Mas aos poucos, John foi se interessando cada vez mais por tecnologia e eletrônica, ao ponto de querer programar seu próprio jogo. Foi nesse momento que Maria precisou mudar de ideia.
Ajudando em projetos
Os benefícios dos jogos para John começaram a aparecer. “Eu vi como os jogos despertaram seu interesse pelos computadores. Isso o ajudou, especialmente em seus projetos para feiras de ciências”, contou a mãe.
O garoto começou a pesquisar como criar programas e jogos e foi aprendendo programação. “Eu coloquei ele e minha filha em um programa extracurricular onde eles aprenderam a programar”, lembra Maria.
Com o conhecimento tecnológico, os filhos desenvolveram modelos de inteligência artificial para apresentar em feiras de ciência.
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Destaque em premiações de robótica
Ainda no ensino médio, John construiu o próprio drone. “Eu não acho que ele teria sido capaz de fazer isso se não fosse muito bom jogando videogames”, confessou Maria.
John e Pauline fizeram da casa um grande laboratório. “Eles construíram o drone, o rover e uma câmera. Foi tão confuso, eu apenas fechava a porta para não ver a bagunça de todos os fios e cabos”, lembrou a professora.
Em 2021 veio o primeiro prêmio. John ganhou US$ 50 mil por um projeto na Feira Internacional de Ciência e Engenharia Regeneron (ISEF). O protótipo construído era um modelo de IA que detectava estresse hídricos em plantas.
Já na ISEF do ano seguinte, em 2022, Pauline e John conquistaram juntos o primeiro lugar na categoria ciências vegetais.
Do jogo à universidade
Depois de colher tantos frutos, o futuro de John não poderia ser diferente.
O prodígio da programação está estudando ciência da computação na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
“No final das contas, seu jogo o ajudou a chegar lá”, brincou Maria.
Com informações de Business Insider.