As irmãs Naiara, de 21 anos, e Tainara, de 18, que vivem em um centro de convivência, nos arredores de Brasília, foram aprovadas na UnB (Universidade de Brasília), uma das mais concorridas do país. As duas, que superaram as dificuldades e adversidades, agora comemoraram com muitos sorrisos e lições de vida.
Acolhidas no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) de São Sebastião, uma das regiões administrativas mais carentes do Distrito Federal, as irmãs passaram a participar de todos os projetos do local para troca de experiências, diálogo e aulas. Avançaram e descobriram-se artistas!
Primeiro, Naiara foi aprovada para o curso de Serviço Social, na UnB. Depois, Tainara seguiu os passos da irmã só que para Enfermagem. Para elas, ter o apoio do projeto também foi fundamental. “Se não fosse pelo Cecon [Centro de Acolhimento], não estaria onde estou hoje. Eu pensava que não conseguiria entrar para a faculdade”, diz Naiara.
Centro de Convivência
Naiara contou que elas tinham uma rotina de estudos no lar. No local, as duas também foram estimuladas a entender qual a profissão podiam seguir. .
“O Cecon me ajudou muito, tanto me incentivando a estudar quanto me mostrando que eu me encaixava nessa área. Sempre estive à frente das coisas aqui, incentivando os jovens a fazerem atividades e é com isso que quero trabalhar”, afirmou Naiara.
Acompanhando a irmã no começo, quando tinha 10 anos, Tainara também passou a frequentar os grupos no centro de convivência. Ela encontrou um local de descanso em meio à rotina de conciliar aulas regulares do ensino médio e o cursinho para o vestibular.
No centro de convivência, Tainara conheceu Simone Correa, que a convidou para participar de um novo grupo. Foi aí que a jovem passou a estudar mais para uma vaga no curso de enfermagem na UnB para o segundo semestre de 2024. Ela também está na lista de espera de medicina na universidade.
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Por todo DF
O Distrito Federal tem 16 unidades de acolhimento para atendimentos em grupo a pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social.
Segundo o governo do DF, os centros de convivência podem proporcionar acolhimento, trocas de experiências, além de promover dinâmicas e oferecer atividades culturais, artísticas e esportivas, segundo reportagem da Agência Brasília – agência pública de notícias do Governo do Distrito Federal.