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Irmãos brasileiros vão completar volta ao mundo em veleiro, após acidente na Polinésia
15 de julho de 2024
- Vitor Guerras
Os irmãos brasileiros Celso e Lucas vão completar a volta ao mundo à bordo de um veleiro, após 7 anos. - Foto: Reprodução/Veleiro.Katoosh.
Os irmãos brasileiros Celso e Lucas vão completar a volta ao mundo à bordo de um veleiro, após 7 anos. - Foto: Reprodução/Veleiro.Katoosh.

Dois irmãos brasileiros, que estão dando a volta ao mundo em um veleiro, devem completar a magnífica jornada em março de 2025. A aventura começou em 2018, mas foi interrompida após um acidente na Polinésia que quase acabou em tragédia. E agora eles, firmes e fortes, eles retomaram o sonho.

Celso Pereira Neto, de 32 anos, e Lucas Faraco, de 29, têm uma forte ligação com veleiros. Os dois foram criados em um barco no qual os pais viviam, até que a família foi para  Ubatuba por conta do colégio das crianças.

A dupla iniciou a faculdade, mas a navegação nunca foi esquecida e falou mais alto. Já adultos, os irmãos largaram tudo e começaram a jornada a bordo do ‘Katoosh’, nome de um cachorro de estimação da família.

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Como conseguiram dinheiro

No início, para concretizar o sonho, os dois usaram a embarcação e começaram a vender passeios no Litoral Norte de São Paulo.

O dinheiro arrecadado foi usado para uma reforma no barco. Com a embarcação pronta, era a hora de começar a missão da volta ao mundo.

No início, a dupla pretendia trabalhar nos países onde atracavam para conseguir continuar a viagem. Mas algo incrível aconteceu.

“O objetivo inicial era trabalhar nesses lugares para conseguir dinheiro e nos sustentar, mas tivemos sorte e, antes de sairmos, o projeto ficou muito conhecido e ganhamos muito seguidores. Então, hoje conseguimos nos manter com redes sociais e patrocínios”, diz Celso.

Por onde passaram

A dupla saiu de Ubatuba em 5 de março de 2018.

Os irmãos passaram por toda a costa brasileira, regiões do Caribe, Ilhas Virgens britânicas, Colômbia, Canal do Panamá, Polinésia Francesa, Fiji, Nova Zelândia e Indonésia, onde estão.

“Conhecemos muitos lugares novos. É como se fosse um ‘mochilão’ de barco. 90% do tempo ficamos parados, em terra, aproveitando esses lugares. Só 10% do tempo estamos no mar. Por isso já faz tempo que começamos, mas o sonho está próximo”, contou Celso.

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À deriva na Polinésia

A aventura teve muitas alegrias e medo também. No dia 3 de julho de 2019, quando estavam a caminho da Polinésia, o leme do barco quebrou no meio do mar e os irmãos não conseguiam pedir ajuda.

“Faltavam oito dias para chegar na Polinésia Francesa, quando do nada escutamos um barulho muito alto no barco. Ele balançou muito e aí vimos que o leme quebrou”, relembrou Celso em entrevista ao G1.

Para piorar, teve uma tempestade com chuva e ventos de mais de 10 quilômetros por hora no Oceano Pacífico Sul.

“Nós sabíamos que teria uma tempestade. Conseguimos acompanhar a previsão e estávamos nos preparando para isso, mas com o barco quebrado piorou tudo. A gente ainda estava em um corredor de ilhas. Se batesse em uma ia ser fatal”, lembrou.

Usaram cabos

Para contornar o problema, Celso e Lucas usaram cabos que tinham no barco para guiar a embarcação e só conseguiram atracar três dias depois.

“Foi o maior desafio da nossa vida. Durante a operação chegaram salvadores da Polinésia Francesa de helicóptero, mas eles só conseguiriam nos salvar e teríamos que deixar o veleiro para trás. Não queríamos abandonar o barco e ficamos. Foi muito difícil, mas no fim deu tudo certo.”

Quando chegaram em terra firme, os moradores locais disseram à dupla que provavelmente eles bateram em uma baleia, animais comuns na região.

Finalizando a jornada

Agora, passado o susto, o plano da dupla é voltar para Ubatuba quando a viagem completar 7 anos.

Ainda sem previsão para deixar a Indonésia, os irmãos vão navegar pelo perigoso Oceano Índico.

Depois, vão seguir para a África, antes de chegar novamente ao Brasil.

Boa viagem a vocês, Celso e Lucas!

Viajar de veleiro está no sangue da família. Foto: Arquivo pessoal.
Viajar de veleiro está no sangue da família desde cedo. Os irmãos com os pais.-  Foto: Arquivo pessoal.
A dupla vendeu passeios de barco para conseguir dinheiro e reformar a embarcação. Foto: Reprodução/Veleiro.katoosh.
A dupla vendeu passeios de barco para conseguir dinheiro e reformar a embarcação para dar a volta ao mundo. – Foto: Reprodução/Veleiro.katoosh.
Na Polinésia a dupla passou o maior aperta da viagem. Ficaram à devira. Foto: Reprodução/Veleiro.katoosh.
Na Polinésia a dupla passou o maior aperto da viagem. Eles ficaram à deriva e enfrentaram tempestade. – Foto: Reprodução/Veleiro.katoosh.

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