Um skatista, de 50 anos, comprova que esporte não tem idade e conquista uma vaga para as Olimpíadas de Paris. Andy Macdonald se prepara para a estreia olímpica como o skatista mais idoso de Paris. O próprio atleta se disse surpreso por ter conseguido chegar tão longe com essa idade.
“Parece bem surreal”, afirmou Andy. “Eu nunca pensei que realmente me classificaria para os Jogos, e quando comecei esse processo há dois anos e meio, era basicamente como esse experimento. Jamais pensei em competir com garotos de 14 anos, aos 50.'”
Pai de três filhos – de 18, 14 e 8 anos -, Andy vai representar o Reino Unido nas Olimpíadas de Paris e diz que não se incomoda com a diferença de idade. Ele tem um estilo próprio e conquistou a admiração dos mais jovens pelas manobras que faz.
Manobras especiais
Andy é conhecido pela habilidade na rampa vertical do halfpipe, mas competirá no park, uma modalidade de movimentos mais rápidos que usa um bowl tridimensional.
Ao garantir sua vaga na eliminatória em Budapeste, o skatista afirmou que obteve a certeza que poderá contribuir para a equipe.
Andy tem o recorde de mais medalhas nos X Games no skate vertical, competindo com atletas, como os norte-americanos Tony Hawk e Shaun White, considerados entre os melhores do mundo.
Na equipe de Andy, de 50 anos, está Tommy Calvert, de 12 anos.
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Juventude x maturidade
Andy diz que sabe exatamente as diferenças entre um skatista jovem e um maduro, como ele.
“Tenho uma vantagem porque obviamente, muito mais experiência em competição, o que é preciso para se preparar mental e fisicamente”, disse o atleta. “Eles têm a vantagem na juventude. Eles podem cair e simplesmente pular para cima. Ficam tipo: ‘vamos tentar de novo’. Já eu ficaria fora por umas duas semanas.”
Segundo o skatista, há estímulos de ambos os lados – dele, já maduro, e dos mais jovens.
De acordo com Andy, é comum ouvir: “Vamos, vamos, continue”, enquanto está preocupado em buscar os filhos na escola.
“Desde o começo, ouvi coisas do tipo, ‘Você consegue fazer isso? Você consegue ser um atleta olímpico e ainda ser o pai, as coisas importantes?’ A coisa mais importante é criar meus filhos”, afirmou. “Eu consegui fazer as duas coisas. Para mim, essa é a maior conquista”, disse ele, no jornal NBCOlympics.