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Jovem com “pior dor do mundo” deixa a UTI sem dores; “experiência inédita”
17 de julho de 2024
- Vitor Guerras
Carol, a jovem com a pior do mundo, ganhou um novo tratamento e os primeiros resultados foram positivos. Ela está sem dores e deixou a UTI. - Foto: Reprodução/Redes Sociais e Arquivo pessoal.
Carol, a jovem com a pior do mundo, ganhou um novo tratamento e os primeiros resultados foram positivos. Ela está sem dores e deixou a UTI. - Foto: Reprodução/Redes Sociais e Arquivo pessoal.

A jovem Carolina Arruda, de 27 anos, que viralizou na internet por sofrer da ‘pior dor do mundo’, deixou a UTI após um tratamento que aliviou os sintomas da doença. O caso ficou famoso depois que ela começou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para fazer a eutanásia.

Carolina tem neuralgia do trigêmeo, uma doença que causa dores terríveis. Ela havia tentado de tudo e decidiu desistir da vida. Mas, com a repercussão, um médico de um hospital no Sul de Minas ofereceu ajuda e a jovem topou.

Ela iniciou o tratamento e o resultado tem sido surpreendente. Agora, que deixou a Unidade de Terapia Intensiva e voltou para o quarto sem dores, Carol comemorou o fio de esperança! “Confesso que senti uma faísca de esperança”, disse.

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Pior dor do mundo

A moradora de Bambuí, no Centro-Oeste de Minas, enfrenta a dor crônica desde os 16 anos.

A Neuralgia do Trigêmeo é uma condição que provoca dores intensas e constantes na face e os tratamentos não são tão eficazes, mesmo com ela fazendo uso de mais de 10 medicamentos, entre eles a morfina e canabidiol.

Tratamento gratuito

E a esperança veio das mãos do diretor clínico do Centro de Dor da Santa Casa e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED), Carlos Marcelo de Barros.

Segundo a jovem, o tratamento novo é gratuito. Para iniciar o processo, ela se internou na UTI do hospital.

“Confio muito no Dr. Carlos Marcelo, na equipe que está auxiliando ele no hospital. Eu já acompanhava o Dr. Carlos há algum tempo nas redes, eu conhecia o trabalho dele, sabia desse Centro de Dor e, agora que estou tendo essa oportunidade, estou muito feliz”, disse Carolina.

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As fases do tratamento

O tratamento será realizado em fases. Na primeira, a garota vai receber medicamentos endovenosos, potentes para a dor.

“É muito importante salientar que o tratamento pode levar meses. Esta fase inicial tem o objetivo de tirar dela o sofrimento agudo. Os próximos passos serão tomados de maneira mais racional e amena. Quando o paciente está em pleno sofrimento, isso é muito difícil”

A internação na UTI foi por precaução e cuidado, afirmou o médico.

“Todos os protocolos de hospitais que tratam esse tipo de paciente, essas medicações são feitas em terapia intensiva. Ela vai ficar ali de três a quatro dias para a gente tentar tirar ela desse momento agudo, desse sofrimento excruciante que é de momento. […] Não há expectativa que essa fase inicial vai aliviar ou tratar a dor dela de maneira persistente, mas a gente precisa tirá-la desse sofrimento agudo que ela tem aí há anos acompanhando”, explicou Carlos Marcelo de Barros.

Sem dores

E se depender dos primeiros resultados, a ideia inicial de Carol fica no passado.

Após deixar a UTI, ela não está sentindo dores e disse estar vivendo uma novidade em 16 anos. “É uma experiência inédita em mais de uma década da minha vida”, disse ela em entrevista ao G1.

Para o médico responsável, Carlos Marcelo, os últimos detalhes do tratamento ainda estão sendo definidos.

“Esse tempo de sedação foi fundamental para que nossa equipe estudasse a fundo qual o melhor método de tratamento para a Carolina. O tratamento teve o efeito desejado de alívio momentâneo da dor, mas fundamental para os próximos passos a serem realizados de maneira correta”, concluiu.

Depois de sair da UTI, Carolina comemorou o fio de esperança. Foto: Arquivo Pessoal.
Depois de sair da UTI, Carolina comemorou o fio de esperança. Foto: Arquivo Pessoal.
A jovem tem neuralgia do trigêmeo e convive com as dores desde os 16 anos. Foto: Arquivo pessoal.
A jovem tem neuralgia do trigêmeo e convive com as dores desde os 16 anos. Foto: Arquivo pessoal.
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