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Novo remédio contra HIV mostra 100% de eficácia e pode revolucionar controle da doença
18 de julho de 2024
- Renata Dias
O novo remédio injetável contra HIV mostra 100% de eficácia nos primeiros testes e pode revolucionar controle da doença que matou mais de 30 milhões de pessoas nos últimos 40 anos no mundo. - Foto: Hailshadow/istock
O novo remédio injetável contra HIV mostra 100% de eficácia nos primeiros testes e pode revolucionar controle da doença que matou mais de 30 milhões de pessoas nos últimos 40 anos no mundo. - Foto: Hailshadow/istock

Olha isso! Um novo remédio contra HIV foi testado e demonstrou eficácia total na prevenção do vírus em mulheres cisgênero africanas. A medicação é injetável e exige apenas duas aplicações semestrais.

O estudo clínico Purpose 1, que testou essa nova droga, foi realizado na África do Sul e em Uganda. Os resultados mostram a eficácia também na segurança e na possibilidade de reduzir drasticamente as novas infecções pelo HIV, que pode levar à Aids, doença que matou 30 milhões de pessoas no mundo nos últimos 40 anos.

O novo remédio – chama-se lenacapavir – atua de maneira diferente dos métodos tradicionais de profilaxia pré-exposição (PrEP). É um inibidor de fusão capside e interfere diretamente na estrutura protetiva do HIV, impedindo a replicação do vírus no corpo humano.

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Resultados preliminares

Pelos resultados preliminares, o lenacapavir impediu a infecção por HIV em todas as 2.134 mulheres que receberam o tratamento, com 100% de eficácia.

Uma única dose do novo medicamento foi comparada à administração oral diária de descovy ou truvada em mais de 5.300 mulheres cisgênero (cuja identidade de gênero corresponde ao sexo atribuído no nascimento) de 16 a 25 anos na África do Sul e Uganda.

Nos grupos que receberam truvada e descovy foram registrados, respectivamente, 16 e 39 casos de infecção por HIV. Nenhum caso foi registrado no grupo do lenacapavir.

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Aumentar a adesão ao tratamento

Se aprovado, o lenacapavir tem potencial para “ajudar a aumentar a adesão e a persistência de profilaxia pré-exposição (prevenção)”, como afirmam os cientistas.

“Embora saibamos que as opções tradicionais de prevenção do HIV são altamente eficazes quando tomadas conforme prescrito, o lenacapavir pode ajudar a lidar com o estigma e a discriminação que algumas pessoas enfrentam ao tomar ou armazenar pílulas orais de [profilaxia pré-exposição], bem como potencialmente ajudar a aumentar a adesão e a persistência da medicação, dado seu cronograma de dosagem semestral”, diz Linda-Gail Bekker, Diretora do Desmond Tutu HIV Center, em comunicado, segundo o Olhar Digital.

Em pacientes HIV-negativos, os medicamentos de profilaxia pré-exposição (PrEP) – como Descovy ou Truvada – podem reduzir em cerca de 99% o risco de contrair o vírus. Nos resultados dos ensaios clínicos de Fase 3 do Lenacapavir, a eficácia apontada foi de 100%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e reguladores de diversos países acompanham atentamente essas pesquisas, que podem definir novas diretrizes e recomendações.

Mais testes

As investigações sobre o lenacapavir continuam com o estudo Purpose 2, que inclui um grupo maior de voluntários participantes.

A avaliação deve indicar a eficácia será verificada em homens cisgênero, homens trans, mulheres trans e indivíduos não-binários que mantêm relações sexuais com homens cis.

Os resultados desse estudo ampliado são aguardados com grande expectativa. Ele podem ampliar ainda mais o uso do lenacapavir em diferentes populações e comunidades.

Até o início de 2025, os resultados dessa nova etapa e outra de ensaio clínico, devem ser divulgados.

HIV/Aids no Brasil

A Aids, provocada pelo virús HIV, foi descoberta na década de 1980 e infelizmente matou em torno de 33 milhões de pessoas famosas e anônimas no mundo inteiro nas últimas 4 décadas.

Até hoje não existe uma vacina para vencer a doença porque é a alta capacidade de mutação HIV, bem maior do que o da Covid e a da influenza.

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por Aids, segundo o Ministério da Saúde.

De 5,5 caiu para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes.

Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 mortes tendo HIV/Aids como causa básica, 8,5% a menos que os 12.019 óbitos registrados em 2012.

Vai ciência!

Um novo remédio contra HIV apresenta eficácia elevadíssima e pode revolucionar controle da doença. Foto: Freepik
Um novo remédio injetável contra HIV apresenta eficácia elevadíssima e pode ser mais eficiente que os tratamentos atuais feitos com píululas. – Foto: Freepik

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