Cerca de 15 milhões de pessoas deixaram de passar fome no País, em 2023, o desafio é reduzir ainda mais o número. É o melhor resultado dos últimos anos, a insegurança alimentar severa, que atingia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões no ano passado.
Os dados fazem parte do Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, o Brasil tem condições de sair do Mapa da Fome até 2026.
Em 2014, o Brasil havia conseguido deixar o Mapa da Fome. Porém, retornou ao grupo de países que estão entre os que lutam contra a insegurança alimentar, em 2021. O governo federal destaca a importância dos programas de transferência de renda para vencer o desafio.
Desafios nacionais e globais
Na busca por reduzir o problema, o governo federal ressalta a importância dos programas sociais, como o Bolsa Família, Nacional de Alimentação Escolar e o de Aquisição de Alimentos.
De acordo com o relatório, os dados mostram que, nesse período, a insegurança alimentar severa caiu de 8,5%, no triênio 2020-2022, para 6,6%, no período 2021-2023, o que corresponde a uma redução de 18,3 milhões para 14,3 milhões de brasileiros nesse grau de insegurança alimentar.
Em dados absolutos, significa que 4 milhões saíram da insegurança alimentar severa na comparação entre os dois períodos de três anos.
Problema mundial
O tema é um dos principais assuntos da agenda do G20, o grupo dos países mais desenvolvidos do mundo – Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia.
Esses países representam aproximadamente 85% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos por um país global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.
É a primeira vez que o Brasil preside o G20 no atual formato.
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Esforço coletivo
O relatório da ONU mostra que no mundo, uma em 11 pessoas pode ter passado fome em 2023. São cerca de 713 milhões de pessoas.
A projeção é que, em 2030, 582 milhões de pessoas ainda vivam a angústia da falta de comida. A maioria em países da África.
Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os ODS são uma agenda mundial para acabar com a pobreza e as desigualdades. Eles foram pactuados pelos 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e devem ser cumpridos até 2030, segundo a Agência Brasil.