O menino brasileiro de 7 anos, Arthur Ruiz, descobriu um asteroide na órbita de Marte e chamou a atenção da Nasa. O garoto faz parte de um grupo de meninos prodígios da equipe Theta Mensae, da Associação Mensa Brasil, que reúne superdotados.
A descoberta liderada pelo brasileiro foi oficializada e publicada nos sites do Minor Planet Center (Harvard/Smithsonian) e da Nasa Astrophysics Data System.
O asteroide recebeu um nome provisório dado pela União Astronômica Internacional (IAU) e está sendo chamado de “2024 JB 29”. Ele está na órbita de Marte e em milhões de anos pode passar próximo da Terra.
Menino brasileiro
A família conta que Arthur, desde os 2 anos, mostrava interesse pela astronomia.
Morador de Ourinhos, no interior de São Paulo, o menino foi avaliado como superdotado aos 6 anos, com um QI de 150, com destaque para língua portuguesa e matemática.
“Descobrir algo importante me deixa motivado a aprender cada vez mais sobre o espaço. Quero ser astrônomo ou astrofísico quando crescer e nomear o asteroide como Arthur, porque fui o primeiro a detectá-lo”, afirmou o pequeno brasileiro, que mais parece um adulto.
Outros pequenos gênios
O grupo, liderado por Arthur, reúne ainda Bernardo Leitão, de 7 anos, Benício Zenha, 6, Alexandre Franchini Woo, 8, Paulo Augusto Tomadon, 8, e Vitor Sena Ramos, 9.
O nome de Arthur batizará o asteroide porque ele que fez a observação inicial, segundo Maria Beatriz de Andrade, coordenadora do programa Caça Asteroides da Mensa Brasil.
O corpo celeste agora entra em um período de análise, que pode durar de três a cinco anos, para que sua órbita seja traçada e outras medições sejam feitas.
Depois, o nome proposto pelo menino passará por uma análise de especialistas da Nasa e da União Astronômica Internacional (IAU).
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Brasil despontando
Essa é a segunda identificação de asteroide por cientistas-cidadãos brasileiros.
A primeira ocorreu em 2014, por alunos do Liceu Nilo Peçanha, em Niterói (RJ).
O Programa Caça Asteroides é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o The International Astronomical Search Collaboration (IASC/Nasa) e conta com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Observatório Nacional (ON).
O projeto permite que pessoas, como Arthur e as outras crianças, participem de pesquisas sobre a análise de corpos celestes, segundo reportagem do Diário do Nordeste.