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Mpox: OMS pede que fabricantes apresentem vacinas para uso emergencial, após surto na África
15 de agosto de 2024
- Vitor Guerras
Com o surto da mpox, a OMS pediu aos fabricantes de vacinas que apresentem imunizantes emergenciais. Já existe vacina contra a doença no Brasil - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil.
Com o surto da mpox, a OMS pediu aos fabricantes de vacinas que apresentem imunizantes emergenciais. Já existe vacina contra a doença no Brasil - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil.

O surto de mpox na África é acompanhado de perto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pediu a fabricantes de medicamentos que apresentem vacinas para serem aprovadas de forma emergencial.

Nesta quarta, 14, a OMS declarou a mpox uma emergência global, após o surto na República Democrática do Congo (RDC) se espalhar para outros 12 países. No total, a África tem mais de 17 mil notificações suspeitas, um aumento de 160% em relação há um ano, com 517 mortes.

O uso emergencial de vacinas foi criado para agilizar a disponibilidade de insumos não licenciados. Com a regra, as vacinas devem chegar mais rápido à população, principalmente de países de baixa renda. O Brasil tem baixo risco para surto, mesmo assim possui 49 mil doses no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Do total, somente 29 mil tinham sido aplicadas até o final de junho.

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Doença se espalhou

A República Democrática do Congo, no continente africano, foi responsável por 96% dos casos confirmados em junho.

Depois do alto número de infectados no país, a doença se expandiu pela região. Casos no Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda já foram confirmados.

Antiga “varíola dos macacos”

Anteriormente, a doença infecciosa era chamada de “varíola dos macacos”, apesar de não ser causada por esses animais.

A transmissão ocorre por humanos contaminados que têm contato próximo com secreções ou objetos. Uma das formas de contágio é pelo sexo. Não há um tratamento específico para a mpox.

Os sintomas da mpox envolvem erupções cutâneas ou lesões de pele, inchaço, febre, dores no corpo, dor de cabeça, fraqueza, calafrio e podem levar à morte.

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Pedido por vacinas emergencias

O documento em que a OMS pede urgência para os fabricantes foi publicado no início da semana.

“Essa é uma recomendação com validade limitada, baseada em abordagem de risco benefício”, inicia a diretriz.

Os fabricantes devem apresentar dados que as vacinas são seguras, eficazes, de qualidade garantida e adequada para as populações-alvo. Segundo o órgão, o imunizante deve ser aplicado em indivíduos em risco, como aqueles que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada.

“Está claro que uma resposta internacional coordenada é essencial para interromper os surtos e salvar vidas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Vacina no Brasil

Há uma vacina no Brasil, oferecida pelo SUS, Sistema Único de Saúde, para grupos prioritários.

O Ministério da Saúde (MS) distribui doses de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão.

Entre o público elegível para a vacinação, estão as pessoas que vivem com HIV/Aids, profissionais que atuam em laboratórios e tiveram contato com o vírus e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes suspeitos da doença.

Vacinas no mundo

Hoje existem três vacinas contra a mpox no mundo. Duas delas são recomendadas pela OMS, ACAM200, da Sanofi Pasteur, e Jennyeos, da Bavarian Nordic.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), os dois imunizantes podem controlar o surto da mpox.

A ACAM2000 é dose única e aplicada via percutânea. Já a Jennyeos é uma vacina de vírus vivo atenuado. Em estudo, se mostrou 85% eficaz para prevenir a doença.

Os sintomas da mpox envolvem erupções cutâneas ou lesões de pele, inchaço, febre, dores no corpo, dor de cabeça, fraqueza, calafrio e podem levar à morte.- Foto: AFP
Os sintomas da mpox envolvem erupções cutâneas ou lesões de pele, inchaço, febre, dores no corpo, dor de cabeça, fraqueza, calafrio e podem levar à morte.- Foto: AFP
O Ministério da Saúde acompanha o avanço da doença de perto. Foto: Dado Ruvic/REUTERS.
A OMS e o Ministério da Saúde acompanham o avanço da doença de perto. – Foto: Dado Ruvic/REUTERS.

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