A artesã brasileira Lucinha Vergetti é tão apaixonada por crochê que passou sete meses fazendo as peças para recobrir todo o seu fusca. Agora, ela desfila com o automóvel por aí, espalhando alegria por onde passa. Isso é muito Brasil!
O automóvel ganhou o apelido de “Fuxico” e a idosa de 66 anos adora desfilar com o carro na zona rural da cidade de União dos Palmares, interior de Alagoas. O trabalho foi árduo, mas o resultado ficou lindo!
Lucinha contou que passava por um quadro depressivo quando viu o fusca com placa de venda na rua. Quando comprou o carro, as angústias melhoraram, mas ainda estavam presentes. No início, ela pensou em plastificar o automóvel, mas um amigo deu a ideia do crochê. A doença ficou no passado e agora é só alegria!
Fusca mudou tudo
A depressão pegou Lucinha com tudo e ela já não via mais sentido e nem graça na vida.
O fusca apareceu na hora e no local certo! Depois de comprar o carrão, ela precisou pensar como colocaria sua arte no veículo.
“Pensei em plastificar com o desenho de crochê. Aì um grande amigo meu, Marcos, meu deu a dica: por que não colocar seu trabalho nele? E daí deu início essa minha grande paixão. Meu Fuxico. Meu sonho realizado e minha cura da alma”, disse muito emocionada em entrevista ao G1.
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Trabalho duro
Até o fusca se tornar Fuxico, foram sete meses de muito trabalho duro!
Ponto a ponto, o crochê foi sendo construído até que ficasse da maneira como Lucinha sempre sonhou.
Depois de terminado, era a hora de dirigir o possante por aí. Não era só um crochê, era o símbolo de sua história de vida.
“No início as pessoas se espantavam e não entendiam qual o sentido de estar vendo um fusca vestido de crochê. Então a cada saída com ele o encanto e a magia do Fuxico foi contagiando tudo e todas a sua volta”, comemorou a idosa.
Convidada para exposição
Com o sucesso do fusca, a vida de Dona Lucinha mudou completamente. Ela começou a receber várias encomendas e foi até convidada para uma exposição.
“Me vejo feliz, realizada em ter minhas paixões juntas, o crochê e o fusca. Sigo empolgada a cada dia que se passa. E hoje venho incentivar cada um que sonha. Porque sonho pode se tornar realidade, basta querer.”
A Mega Artesanal, feira de artesanato, foi realizada em São Paulo em julho. A idosa saiu do Nordeste e foi para o Sudeste a bordo do fusquinha!
Aprendeu o crochê ainda criança
O crochê entrou na vida da alagoana muito cedo. Aos 10 anos ela conheceu uma senhora chamada Dona Tutu, de 99 anos. Foi Tutu que apresentou a arte.
Na época, Lucinha não tinha dinheiro para comprar o material, mas deu um jeito.
“Ela me incentivou a guardar os barbantes que vinham na embalagem de pão naquela época. Depois de ver que já havia barbante suficiente fui até ela e daí por diante até os dias de hoje o crochê se tornou minha paixão e terapia”, relembrou.
É, de lá pra cá muita coisa mudou, não é Lucinha?