Aos 16 anos, Vitinho, o Victor dos Santos Almeida, é o atleta mais jovem da delegação brasileira nas Paralimpíadas de Paris 2024. Ele praticamente nasceu nadando. Aos três meses o pai o levou às piscinas e ele não parou mais.
Com uma má formação no fêmur direito, que dá uma diferença no comprimento das pernas, Vitinho é a superação em pessoa. Aos 5 anos, ele competiu, pela primeira vez, e ganhou ânimo e incentivo para seguir nas disputas.
Entre 2018 e 2021, integrou a base da Seleção Brasileira de Natação Paralímpica. Hoje, o caçulinha é o mascote da delegação e já ostenta várias medalhas de competições anteriores.
Rumos a mais vitórias
Em Paris, Vitinho vai competir na classe S9 com os melhores do mundo.
Antes da estreia nas Paralimpíadas, ele arrebentou aos conquistar um ouro e duas pratas no World Swimming Series, em junho deste ano.
A delegação brasileira nas Paralimpíadas tem 280 atletas em 20 modalidades.
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História natural
Bem-humorado, ele faz uma coleção das próteses que usou, desde criancinha.
“Fui levado a vários médicos, até que um deles me indicou a protetização ainda bebê. Tenho minha primeira prótese guardada até hoje. É muito fofa”, conta Vitinho
Levado pelos pais para a natação, Vitinho descobriu ali seu talento e também força para superar as dificuldades.
“Esse foi um processo natural: mesmo com a questão da deficiência, ainda bebê eu já estava nas piscinas”, disse o atleta.
Adaptação e superação
Para sua condição, Vitinho aprendeu ainda pequeno que precisaria fazer exercícios físicos e sessões de acompanhamento e fisioterapia.
Atualmente, ele tem uma prótese provisória desenvolvida pela empresa alemã Ottobock.
Para a sua condição, ele precisa de um pé e um joelho mecânicos adaptados que se encaixam na perna com má-formação.
Prótese definitiva
A empresa também trabalha para criar uma prótese definitiva à prova d’água para o atleta brasileiro.
O novo equipamento é para garantir mais segurança no uso pessoal e nos treinos, conforme explica Thomas Pfleghar, diretor de academy da Ottobock na América Latina.
“Ainda que ele não utilize a prótese nas provas, por ser um atleta da natação o mais recomendável é a tecnologia à prova d’água para não ter preocupação nos bastidores”, afirmou.
Vitinho disse que cuida da prótese como se fosse um bebê.
“Não vou deixar jogada, vou ficar bem atento a ela, porque dependo dela para me locomover, de ir e voltar dos meus treinos. A questão do contato do equipamento com a água já não é uma grande preocupação, mas não impede de eu estar sempre com o maior cuidado com ela.”
Arrasa Vitinho!