Quanta emoção! O Brasil só precisou de dois dias para ganhar os seus primeiros ouros nas Paralimpíadas 2024! O nadador mineiro Gabriel Araújo – Gabrielzinho – de 22 anos, e o corredor paulista Júlio César Agripino, de 33, vão voltar para o país com a bagagem mais pesada.
Potência paralímpica, o Brasil inaugurou o dia de competições mostrando a que veio. Gabriel conquistou o ouro nos 100m costas da classe S2 da natação. Mas calma que tinha mais!
No segundo dia, mais um ouro. Dessa vez Júlio César terminou os 5.000 metros da classe T11 (deficiências visuais) com um tempo de 14min48s85. Além da medalha, ele cravou o novo recorde mundial paralímpico da distância.
Peixe na água
Gabriel, mais conhecido como Gabrielzinho, é um peixe na água! O nadador é incrivelmente veloz e deve acabar as Paralímpiadas com ainda mais medalhas.
Essa é a segunda participação dele nos Jogos. Com a nova medalha, ele acumula três ouros (50m livre, 200m livre, 100m costas) e uma prata (100m costas) nas duas participações.
“É uma prova muito difícil, é uma prova que mexe comigo, tanto por ter sido prata (Tóquio), porque é a prova mais difícil para mim, e eu trabalhei muito para isso. Eu e meu treinador, a gente trabalhou para caramba, e a gente fez de tudo para que essa medalha de prata virasse ouro, e assim, eu ficaria muito feliz com ouro, mas do jeito que foi a prova, sem igual, porque eu não nadei, não, eu amassei a prova, eu acabei com a prova, então eu estou feliz demais, um sonho realizado, e posso gritar que eu sou campeão dos 100 metros costas”, disse o atleta após ser medalhista em Paris.
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Ouro e recorde
Só o ouro não era suficiente para Júlio. Não satisfeito, ele foi lá e mandou o recorde mundial.
Diagnóstico com ceratocone, doença degenerativa na córnea aos sete anos, hoje ele brilha nas pistas do atletismo.
O atleta, que já admitiu ficar muito nervoso em provas, disse que aumentou os trabalhos com a psicóloga para se acalmar. Deu resultado, né Júlio?
“Estou muito feliz, é muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Mostra a força da periferia, comecei a treinar só tinha um campinho. Mas com muita força e determinação eu consegui vencer, sempre tem altos e baixos na vida, mas agora sou campeão paralímpico. Dedico também essa medalha para o meu avô”, comemorou em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro.
Outras medalhas
Até o momento, o Brasil subiu seis vezes ao pódio. Com o feito, o país está no 4° do ranking geral.
Além dos dois ouros, Phelipe Rodrigues foi prata na natação (50 metros livre S10) e Gabriel Bandeira (100m borboleta – S14), Yeltsin Jacques (5000m da classe T11) e Cátia e Joyce Oliveira no tênis de mesa, conquistaram o bronze.
Em Tóquio 2020, o Brasil conseguiu a melhor campanha na história do evento do paradesporto.
Para Paris, as expectativas são ainda maiores!