Ele acumula mais de 60 prêmios e medalhas. E, não para: aos 9 anos, esse menino autista foi aprovado para o curso de engenharia de software em Presidente Prudente, em São Paulo. Miguel Rosa Santos tem altas habilidades e é considerado superdotado.
Apesar de estar no 4º ano do Ensino Fundamental, o menino vai muito além da educação formal. É integrante da Mensa (sociedade para pessoas com alto QI) e da Infinity International Society (IIS).
Apaixonado por números, cálculos e ciência em geral, Miguel participou de pesquisas, como a descoberta de 200 exoplanetas. Ele visitou a futura universidade onde pretende estudar e encantou os professores com sua inteligência extraordinária.
Autismo e altas habilidades
Ainda bebê, os pais observaram um comportamento atípico no filho. O menino foi submetido a vários exames e testes até que foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA).
Porém, um médico mais criterioso resolveu aprofundar os exames em Miguel. Foi aí que a família descobriu que ele tinha altas habilidades, antes chamada de superdotação.
Acompanhado por profissionais, Miguel passou a ser estimulado e consegue levar uma vida normal. Porém, sem desviar seu hiperfoco, característica do autista. As ciências e os números em geral.
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Um cientista nato
Encantado com tudo que envolve pesquisa científica, o menino quis conhecer os laboratórios de pesquisas da Unioeste, a universidade em que foi aprovado para engenharia de software.
Miguel conheceu o Laboratório de Modelagem Computacional de Consequências. Ali são realizadas simulações computacionais de acidentes nucleares e radiológicos com a perspectiva de modelar impactos sobre o meio ambiente e populações.
Também se reuniu com os professores que atuam na área para saber detalhes do Programa de Pós-graduação. Por enquanto, o menino gênio não poderá fazer o curso superior. É que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) proíbe que se entre na faculdade sem certificado de conclusão do ensino médio, de acordo com a Unioeste.