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Novo ‘plástico vivo’ se autodestrói quando é descartado
5 de setembro de 2024
- Monique de Carvalho
O "plástico vivo" se degrada muito mais rápido e reduz a poluição do meio ambiente. - Foto: Pixabay
O "plástico vivo" se degrada muito mais rápido e reduz a poluição do meio ambiente. - Foto: Pixabay

Imagine um mundo onde o plástico, um dos maiores vilões ambientais, não seria mais um problema para a natureza. Isso está mais perto da realidade. Um grupo de pesquisadores desenvolveu um “plástico vivo” que se autodestrói quando começa a sofrer erosão. Muito bacana!

Esse novo plástico se decompõe em apenas um mês durante o processo de compostagem. Essa é uma alternativa muito mais rápida em comparação com plásticos tradicionais, que podem levar até 55 dias para desaparecer nas mesmas condições.

O segredo dessa tecnologia está nas enzimas produzidas naturalmente por bactérias, que foram incorporadas na estrutura do plástico para acelerar a degradação. A pesquisa foi publicada na revista Nature.

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O poder das enzimas naturais e sintéticas 

Nos últimos anos, a produção de plástico dobrou, e a necessidade de soluções sustentáveis nunca foi tão urgente.

O desenvolvimento desse “plástico vivo” começou com a descoberta de uma bactéria no Japão, em 2016, que produzia uma enzima capaz de degradar plásticos.

Desde então, cientistas vêm explorando o potencial dessas proteínas naturais para criar versões sintéticas ainda mais eficientes.

Como funciona a tecnologia

O que os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (ACC) fizeram foi inovador: eles integraram esporos bacterianos que produzem essas enzimas diretamente na estrutura do plástico, o que permite que o material se autodestrua quando começa a sofrer erosão.

Quando o plástico começa a se degradar, as enzimas são liberadas e finalizam o processo de decomposição.

Isso garante que o material se desintegre de forma muito mais rápida e eficiente do que os plásticos convencionais.

E o melhor: essa solução não requer condições extremas de temperatura ou pressão para funcionar, tornando o processo mais acessível e sustentável.

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A força dos esporos bacterianos

Uma das maiores dificuldades em trabalhar com enzimas é que elas são frágeis e instáveis.

No entanto, a equipe de pesquisa encontrou uma forma de superar esse obstáculo ao projetar o gene de uma enzima específica no DNA de outra bactéria, chamada Bacillus subtilis.

Essa bactéria é resistente a altas temperaturas e pressões, garantindo que os esporos bacterianos sobrevivam durante o processo de fabricação do plástico.

Conforme a superfície do plástico sofre erosão, os esporos começam a germinar e liberam as enzimas que aceleram a degradação do material. E

Em um teste, os pesquisadores usaram uma segunda enzima para acelerar ainda mais o processo, resultando na decomposição completa do plástico em apenas uma semana, algo impensável com os plásticos tradicionais.

Possibilidades futuras e desafios

Embora ainda seja um conceito em desenvolvimento, a criação desse “plástico vivo” abre portas para novos materiais sustentáveis.

Os pesquisadores acreditam que essa tecnologia pode inspirar a criação de plásticos que não durem por séculos, poluindo o meio ambiente após um único uso.

A equipe da ACC já testou o método em outros tipos de plásticos, como o PET, e os resultados foram bem positivos.

Segundo cientistas, são determinadas enzinas as responsáveis pelo descobrimento da tecnologia. - Foto: Pixabay
Segundo cientistas, são determinadas enzinas as responsáveis pelo descobrimento da tecnologia do plástico vivo. – Foto: Pixabay

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