Inspirado na avó, esse brasileiro uniu Física e Medicina para criar um tratamento que combate dores crônicas e a inflamação no corpo humano. O procedimento diminui a morte celular e acelera a cicatrização de tecidos lesionados!
O cearense Marcelo Victor Pires de Sousa estava no final da graduação em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC) quando recebeu uma notícia difícil. Hilda Suzana, sua avó, estava com câncer e tinha poucas semanas de vida. Foi a partir daí que ele começou a pesquisa sobre como a Física poderia contribuir com a Medicina.
Hoje, com doutorado pela Universidade de São Paulo (USP) e parte na Universidade de Harvard, nos EUA, Marcelo já tratou 1.200 pacientes com dores crônicas. O tratamento dele é indicado para dores e inflamações musculoesqueléticas, articulares e de tendões e usa a luz para fazer o corpo produzir anticorpos e acelerar a recuperação de lesões.
Luz no cérebro
A tecnologia chamada “fotocêuticos” se baseia na ciência chamada fotobiomodulação, que estuda os efeitos terapêuticos da interação da luz com tecidos biológicos.
De início, Marcelo usou feixes de laser para ver como a luz se espalhava nos cérebros de ratos. “A partir dessa informação, eu descobri a quantidade exata de luz que chega em cada milímetro do cérebro deles”, explicou em entrevista ao Diário do Nordeste.
Depois de iluminar o cérebro dos roedores, Marcelo fazia testes para entender se o nível de luz aplicada poderia fazer os ratos sentirem menos dor.
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Como funciona
Como o formato e partes dos componentes de células humanas são muito parecidas com a de outros mamíferos, a pesquisa com camundongos foi validada e os avanços foram significativos.
O fotocêutico aumenta a proliferação celular, ao mesmo tempo que diminui a morte celular. Isso faz com que o corpo acelere a cicatrização de tecidos lesionados e combate dores crônicas.
Além disso, a tecnologia diminui o estresse oxidativo e a modula substâncias anti inflamatórias. Assim, os inchaços vermelhidão, também tendem a diminuir.
Startup de sucesso
Após a conclusão da tese, o pesquisador abriu uma startup para disponibilizar o tratamento para a sociedade.
Na USP, ele ganhou o Prêmio Alumni USP, que reconhece egressos diplomados da Instituição por suas trajetórias e contribuições para a sociedade.