Um final feliz para o que parecia improvável. Foi encontrada na Bahia uma jovem, de 25 anos, raptada pelo tio há quase uma década. Mantida em cativeiro há 9 anos, ela foi sequestrada quando ainda era adolescente, e submetida a humilhações e abusos durante todo esse tempo.
A moça estava em uma casa numa área rural em Jucuruçu, na região Sul da Bahia. Desde 2015, a família que é de Rio Bananal, no Espírito Santo, procurava por ela.
Ela foi resgatada após o homem dar a ela um celular. A jovem aproveitou e pediu ajuda pelas redes sociais. “Ela criou uma conta na rede social Instagram e conseguiu pedir ajuda. Foi a partir daí que conseguimos montar a operação”, disse o delegado.
Emoção e alegria
Foi necessária uma ação conjunta da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), da Superintendência de Polícia Norte e da 16ª Delegacia Regional de Linhares e da Delegacia de Polícia (DP) de Rio Bananal e do Promotoria de Justiça de Rio Bananal para libertar a moça.
A jovem foi encontrada na casa onde era mantida em cativeiro. Segundo os policiais, ela se emocionou muito quando foi libertada.
A moça contou que sofreu abusos sexuais constantes e que era mantida trancada sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar.
“Ele a vigiava o tempo todo e nunca permitiu que ela frequentasse a escola. A vida dela era completamente controlada por ele”, detalhou o delegado Fabrício Lucindo.
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Obrigada a trabalhar no campo.
Além dos abusos sexuais e da violência, ela disse que foi obrigada a mudar de cidade várias vezes.
Em Jucuruçu, a moça teve de trabalhar no campo, recebendo R$ 100,00 por mês.
Operação resgate
A operação começou de madrugada, quando os policiais civis, acompanhados pelo pai da vítima, seguiram de Rio Bananal até Jucuruçu, na Bahia. Viajaram quase 450 quilômetros.
Ao chegarem no local, fizeram campanas para identificar o cativeiro e, depois cercaram a casa.
Porém, o tio da jovem, que a sequestrou, fugiu. O homem, de 43 anos, percebeu a presença da polícia e conseguiu escapar.
Sob forte tensão
A jovem era vigiada 24 horas por dia pelo tipo que a sequestrou.
Na casa onde viviam, havia três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo uma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos.
“O criminoso conhecia muito bem a área e, apesar de ser perseguido pelos policiais por um longo período, conseguiu se evadir. Continuamos as buscas para capturá-lo”, disse o delegado.
Informações sobre este caso e outros suspeitos devem denunciadas.
O número para contado é Disque Denúncia 181, com garantia de sigilo.