O ano de 2024 está com tudo para quem ama astronomia! Um outro cometa vai se aproximar da terra e será visível em várias partes do mundo. Cientistas dizem que ele terá brilho intenso, com luminosidade maior do que a do planeta Vênus.

Nesta sexta-feira (27), o cometa C/2023 A3 Tsuschinshan-ATLAS atinge a menor distância do Sol e, segundo especialistas, pode se desintegrar. Ele terá o ponto máximo de aproximação com a Terra no dia 12 de outubro.

Assim, o C3/2023 vai ter dois momentos de observação. O primeiro começou no dia 15 de setembro e vai até 4 de outubro. Depois, o astro se esconde e volta a aparecer no anoitecer do dia 12 de outubro. No Brasil, ele poderá ser visto ao leste, antes do amanhecer.

Brilho máximo

O Tshuchinshan-ATLAS, também apelidado de “Cometa do Século”, promete um brilho muito intenso.

Na passagem mais próxima da Terra, no dia 12 de outubro, ele estará a aproximadamente 70,6 milhões de km de distância daqui.

Cientistas acreditam que ele poderá ser mais brilhante até mesmo que Júpiter, inclusive na aparição desta sexta-feira.

“Na sexta, o cometa Tsuchinshan-ATLAS deve atingir o periélio e, de acordo com os cálculos, já deverá estar tão luminoso quanto Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno [que tem aparente de −1,46]”, explicou o presidente da Associação Paraibana de Astronomia e colunista do Olhar Digital, Marcelo Zurita.

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Pode se desintegrar

Desde que foi descoberto, no início de 2023, o C3/2023 tem sido alvo de diversos estudos.

Em julho, o astrônomo techoc-amerinoca Zdenek Sekanina publicou resultados polêmicos. Segundo os cientistas, o cometa não deve resistir à sua jornada próxima ao sol.

À medida que o astro se aproximava do Sol, ele se desintegrava. Isso levantou dúvidas sobre a sua sobrevivências.

Mas apesar disso, o Tsuchinshan-ATLAS continua muito estável e sem indícios que vai explodir.

Melhor momento para observação

Segundo Marcelo, o melhor momento de observação do C3 será ao anoitecer durante o mês de outubro.

“Então, a recomendação é aproveitar as chances de observação nesses dias que antecedem o periélio [máxima aproximação com o Sol] e torcer para que ele sobreviva a esse encontro com o Sol. Se isso acontecer, aí teremos provavelmente um espetáculo ao anoitecer durante o mês de outubro”.

Além disso, as dicas gerais para uma bela observação do evento envolvem truques simples que podem fazer toda a diferença.

Primeiro é necessário se afastar o máximo possível de luzes artificiais. Prefira ambientes escuros, como fazendas e estradas. Mas atenção, cuidado com a segurança!

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Segundo estudos, o Tsuchinshan-ATLAS pode se desintegrar ao se aproximar do Sol. Foto: José J.Chambó.