Tyler Wilfong é só sorrisos, depois de ser submetido à terapia genética que lhe devolveu a visão. O que o pai mais queria era voltar a enxergar para ver seu bebê recém-nascido e, conseguiu.

O desejo se realizou. Diagnosticado com retinite pigmentosa, doença ocular genética, Tyler perdeu a visão ainda jovem, mas jamais abandonou a esperança.

Em busca de uma solução, o pai determinado chegou ao Duke Eye Center, na Carolina do Norte, nos EUA. Ali conheceu o médico oftalmologista Oleg Alekseev, que disse que as chances eram grandes de voltar a enxergar.

Com o filho nos braços

Encantado com o bebê recém-nascido e com o fato de enxergar o rostinho dele, o pai resume seu sentimento. “É incrível.”

Tyler disse que, embora fossem pequenas as chances de retomar a visão, jamais deixou de acreditar que conseguiria.

“Mantive minha fé em Deus e tive a sensação de que um dia algo mudaria”, afirmou. “É uma grande sensação de alívio.”

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Momento perfeito

Tyler disse que agora pode ajudar mais a mulher nos cuidados com o bebê.

“Isso fez uma diferença enorme”, disse. “Nas tarefas simples, nas quais você nem pensa, como trocar suas roupas.”

Segundo o pai coruja, a expectativa agora é ver o filho crescer. “Uma benção”, ele disse.

Terapia genética

De acordo com Oleg Alekseev, é feita uma cópia saudável do gene que é importante para que a retina funcione corretamente. Em seguida, a cópia é colocada no olho com a ajuda de uma seringa.

Lejla Vajzovic, professora associada de Oftalmologia na Duke, observou que é utilizado um vírus para efetuar o tratamento. “Este vírus é desenvolvido especificamente para infectar as células na parte posterior do olho para realmente servir como um veículo para entregar o novo gene, um gene bom.”

Há dois meses, Tyler recebeu a terapia em um olho. “Eu conseguia realmente ver meus dedos na frente do meu rosto, o que nunca consegui fazer”, disse. A cirurgia no outro olho será até dezembro.

Quem pode fazer o tratamento

De acordo com o Duke Eye Center, a terapia genética só é prescrita para quem tem esse gene específico afetado.

Pesquisadores da Duke buscam outros tratamentos.

“Isso só alimentou uma explosão na pesquisa de terapia genética, não apenas para os olhos, mas também para todas as outras doenças hereditárias”, disse Vajzovic à CBS 17.

Voltar a enxergar para poder ver e segura o bebê, que é seu filho, recém-nascido nos braços era o desejo de Tyler, um pai dedicado. Deu certo! Na foto, com a mulher. Foto: CBS17