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Quem é o policial que salvou a mulher que fez “pedido de pizza” ao 190
2 de outubro de 2024
- Vitor Guerras
O policial Wellington Thomas identificou que a mulher precisava de ajuda após ela fazer o pedido de uma pizza no 190 e mandou rapidamente uma viatura ao local. - Foto: Arquivo pessoal/Dr.Oetker.
O policial Wellington Thomas identificou que a mulher precisava de ajuda após ela fazer o pedido de uma pizza no 190 e mandou rapidamente uma viatura ao local. - Foto: Arquivo pessoal/Dr.Oetker.

O policial Wellington Thomas Sant’ana, responsável por identificar que uma mulher precisava de ajuda após um “pedido de pizza” pelo 190, disse que a vítima deu indícios de que algo estava errado.

O primeiro-sargento, de 57 anos, que faz parte da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) há mais de 30 anos e recebeu treinamento para decifrar casos de agressão contra mulher, é um dos atendentes do Centro de Operações da corporação, o Copom.

Segundo o militar, assim que ouviu o choro da mulher pelo telefone, ele identificou que não era apenas um pedido de pizza. Prontamente, Wellington anotou todo o endereço da vítima e deslocou uma viatura para casa dela e pediu prioridade. Lá, a mulher, que estava sendo violentada por três dias, foi resgatada em segurança!

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Choro entregou

A ligação, realizada no último dia 28, chegou tarde da noite, como mostramos aqui no Só Notícia Boa.

No cargo que está, Wellington já recebeu diversas ligações que acabaram no salvamento de mulheres em situação de risco ou de violência doméstica. Mas dessa vez, o pedido veio criptografado. Isso porque o agressor estava perto da vítima.

“O pedido da pizza veio às 23h59 de sábado. Eu atendi o chamado de uma senhora que informou ter feito pedido de uma pizza e perguntou se ia demorar o pedido. Percebi que estava com dificuldade pra falar, peguei logo o endereço, e disse que ia enviar o pedido. Ela começou a chorar e se desesperar, momento que eu suspeitei que ela estava sofrendo violência”, relembrou o sargento.

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“Sensação de alegria”

Aos poucos, Wellington conseguiu manter a moça no telefone, enquanto anotava todo o endereço e passava para a viatura responsável pela ocorrência.

“Eu matei a charada de que ela estava precisando de ajuda. Pela voz, consigo identificar que a pessoa está precisando de apoio. Fui trocando o pedido da pizza, por uma solicitação de ajuda policial. Pedi prioridade na ocorrência”, contou.

Para ele, salvar vidas é o motivo de ter entrado na profissão.

“Mesmo que seja trote, eu registro ocorrência. Em alguns casos, a gente ainda consegue identificar que a denúncia não procede. Salvar vidas é muito importante para mim. É uma sensação de alegria”, comemorou.

Agressor preso

Quando a viatura chegou no endereço, a mulher foi socorrida e o agressor preso.

A vítima saiu correndo de casa em direção a guarnição e contou aos policiais que estava sendo violentada por três dias.

O agressor foi encaminhado à 26ª Delegacia de Polícia, enquanto a mulher recebeu o suporte necessário.

Evitou abuso

E o caso do pedido de pizza não foi o único memorável para Wellington recentemente.

Há alguns dias, o sargento recebeu um telefone e salvou a vida de uma menina abusada sexualmente em um bar de Santa Maria.

“A mãe da vítima ligou e falou que a filha estava em um bar que funcionava como ponto de prostituição. Segundo a mulher, o proprietário do lugar havia proibido a entrada dela no lugar. Pedi que ela se afastasse enquanto a viatura se deslocava para o endereço”, contou em entrevista ao Metrópoles.

A polícia foi enviada para o local e resgatou a garotinha. O estuprador foi preso em flagrante.

Escute o diálogo entre o policial e a vítima que pediu pizza ao 190:

A Polícia Militar do DF foi deslocada até a casa da vítima e salvou a mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil.
A Polícia Militar do DF foi deslocada até a casa da vítima e salvou a mulher que pediu pizza pelo 190. – Foto: José Cruz/Agência Brasil.

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