Após uma década, esta jovem foi resgatada do cativeiro e libertada em Gaza. Ela foi sequestrada pelo Estado Islâmico quando ainda era uma criança. A operação secreta foi organizada pelos EUA, mas envolveu Israel, Jordânia e Iraque.
A mulher faz parte de uma minoria perseguida, chamada yazidi. Mais de 5 mil pessoas dessa etnia foram mortas desde 2014 no Oriente Médio. O Estado Islâmico, grupo terrorista, persegue as minorias, vende essas pessoas como escravos sexuais e as obriga a serem soldados na guerra.
Identificada como Fawzia Sido, a jovem demonstrava estar bem, embora assustada. “Fawzia, uma menina yazidi sequestrada, no Iraque, e levada para Gaza com apenas 11 anos de idade, foi finalmente resgatada pelas forças de segurança israelenses”, contou o diretor do departamento de diplomacia digital do Ministério das Relações Exteriores de Israel, David Saranga, na rede social X.
Operação secreta
A operação, segundo autoridades iraquianas, foi planejada há quatro meses, informou The Guardian.
Silwan Sinjaree, chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores do Iraque, disse que houve várias tentativas fracassadas, antes dessa que foi bem-sucedida.
Autoridades iraquianas mantiveram contato com a mulher durante meses e repassaram as informações para os EUA. Não foram revelados detalhes por questão de segurança.
Os militares israelenses disseram que se coordenaram com a embaixada dos EUA em Jerusalém e “outros atores internacionais” na operação.
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Vendidos como escravos
Mais de 5 mil yazidis foram capturados por militantes do Estado Islâmico na região de Sinjar, no Iraque, em 2014.
Crianças, mulheres e jovens são vendidos como escravos sexuais ou treinados como soldados. Eles são colocados na linha de frente dos combates, nas fronteiras da Turquia e Síria.
De acordo com autoridades, nos últimos anos, cerca de 3.500 pessoas dessa etnia foram resgatadas e libertadas. Mas 2.600 ainda estão desaparecidas.