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Obra perdida de Picasso, avaliada em R$ 36 milhões, é encontrada com vendedor de sucata
6 de outubro de 2024
- Vitor Guerras
A obra perdida de Picasso, encontrada pelo vendedor de sucata, agora está guardada em um cofre em Milão, na Itália. - Foto: Utente/Andrea Lo Ross.
A obra perdida de Picasso, encontrada pelo vendedor de sucata, agora está guardada em um cofre em Milão, na Itália. - Foto: Utente/Andrea Lo Ross.

Uma obra perdida do famoso pintor Pablo Picasso foi encontrada por um vendedor de sucata enquanto limpava o porão de uma casa em Capri, Itália.

Luigi Lo Rosso encontrou a peça em 1962, mas o caso se tornou público esse mês, décadas após a descoberta. Foi o filho de Luigi, Andrea Lo Rosso, responsável pela divulgação. Depois de ler livros de arte, o rapaz suspeitou que a obra fosse realmente de Picasso.

Andrea buscou especialistas do comitê científico da Arcada Foundation, uma instituição que analisa obras de artes originais, que confirmaram: o quadro é original. Hoje a obra é avaliada em € 6 milhões, aproximadamente R$ 36 milhões.

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Esposa achava feio

Depois de recolher os entulhos de um porão, Luigi se deparou com o estranho retrato e resolveu levar para casa.

Na época, a esposa do vendedor achou a arte horrível, mas Luigi deixou o retrato na parede.

Anos depois, Andrea, o filho do casal, começou a fazer pesquisas em livros de arte e em enciclopédias. Ele tinha o desejo de descobrir quem era o pintor daquele curioso retrato.

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Tentou convencer o pai

As pesquisas foram afunilando e Andrea se viu diante de uma obra de um dos pintores mais famosos do mundo. O rapaz bem que tentou convencer o pai, mas não teve jeito.

“Meu pai era de Capri e colecionava lixo para vender por quase nada. Ele encontrou a pintura antes mesmo de eu nascer e não tinha a mínima ideia de quem era Picasso. Ele não era uma pessoa muito culta. Enquanto lia sobre as obras de Picasso na enciclopédia, olhava para a pintura e comparava com a assinatura. Eu ficava dizendo ao meu pai que era parecida, mas ele não entendia”, disse Andrea em entrevista ao The Guardian.

Mas mesmo sem convencer Luigi, o filho seguiu tentando entender mais sobre o quadro.

Especialistas ajudaram

Andrea resolveu recorrer a ajuda de especialista.

Foi Cinzia Altieri, grafólogo e membro do comitê científico da Arcadia Foundation, que começou a analisar a pintura.

“Depois que todos os outros exames da pintura foram feitos, me deram a tarefa de estudar a assinatura. Trabalhei nela por meses, comparando-a com algumas das obras originais de Pablo Picasso. Não há dúvidas que a assinatura é dele. Não havia nenhuma evidência sugerindo que ela fosse falsa”, comentou.

Segundo a especialista, a obra parece ter sido produzida entre os anos de 1930 a 1936.

Nessa época, o pintor frequentava bastante a ilha de Capri, onde Luigi vivia.

O retrato é considerado como uma imagem distorcida de Dora Maar, uma fotógrafa e pintora francesa que foi amante e musa de Picasso.

Fundação Picasso

Durante toda a saga, Andrea tentou entrar em contato com a Fundação Picasso, mas a instituição não demonstrou interesse em analisar a peça.

O quadro foi guardado em um cofre em Milão. Com todas as evidências, e a autenticidade reconhecida pela Arcadia, Andrea vai tentar mais uma vez que a Fundação Picasso reconheça a obra.

“Estou curioso para saber o que eles dizem. Éramos apenas uma família normal, e o objetivo sempre foi estabelecer a verdade. Não estamos interessados em ganhar dinheiro com isso”, explicou o filho de Luigi.

A obra perdida de Picasso na parede da casa do vendedor de sucata:

A mãe de Andrea, e esposa de Luigi, não gostava da pintura. Foto: Andrea Lo Rosso.
A mãe de Andrea, e esposa de Luigi, não gostava da pintura e não sabia quer era uma obra de Pablo Picasso. – Foto: Andrea Lo Rosso.

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