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Cientistas fazem cérebro voltar a funcionar após morte; veja o motivo
26 de outubro de 2024
- Renata Dias
O cérebro passou a funcionar, 50 minutos após retirá-los do corpo, o que tecnicamente seria a morte do organismo. Os testes foram feitos com porcos, animais que em experiências científicas têm semelhanças com os humanos. Foto: Agência Brasil
O cérebro passou a funcionar, 50 minutos após retirá-los do corpo, o que tecnicamente seria a morte do organismo. Os testes foram feitos com porcos, animais que em experiências científicas têm semelhanças com os humanos. Foto: Agência Brasil

Um cérebro passou a funcionar 50 minutos após ser retirado corpo, mesmo que decretado após a “morte”. Essa “sobrevivência cerebral” é apontada como chance para avanços nas pesquisas. Testes preliminares foram feitos com porcos cujas experiências científicas mostram que têm semelhanças com os humanos.

Pesquisadores da Universidade Sun Yat-Sen, na China, são os responsáveis por esse feito, que marca a experiência bem-sucedida mesmo após a interrupção da circulação sanguínea no organismo dos animais.

A ideia do estudo, publicado na revista EMBO Molecular Medicine, foi investigar o papel do fígado. O órgão é responsável por purificar o sangue e recuperar o cérebro após episódios de isquemia resultantes de paradas cardíacas.

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Resultados excelentes

Os resultados da pesquisa mostraram que o fígado pode ser essencial na reparação de danos cerebrais provocados por ataques cardíacos, por exemplo.

Porcos idosos, já prontos para serem sacrificados, tiveram seus cérebros e fígados removidos e conectados a um coração e pulmões artificiais por uma equipe de estudo alemã, de Cleveland e chinesa.

Os pesquisadores chamaram a experiência de “tecnologia de manutenção cerebral ex-vivo”. Nele, se o coração de uma pessoa falha, seu cérebro é mantido vivo por meio artificiais por tempo suficiente para que um transplante de coração ocorra.

Eles descobriram que a conexão do fígado ao coração artificial melhorou muito a condição do cérebro após a ressuscitação, aumentou a atividade no córtex e aumentou as taxas de sobrevivência nos neurônios.

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O que se sabe

Em geral, o cérebro pode sobreviver em um estado isquêmico de 5 a 8 minutos.

Em caso de parada cardíaca, quando o sangue não está chegando ao cérebro, os primeiros socorristas têm poucos minutos para agir porque o cérebro é muito dependente de sangue oxigenado.

Os neurônios podem morrer sem ele no tempo que leva para uma ambulância chegar.

 

Após retirar do corpo, o cérebro passou a funcionar por mais 50 minutos, mesmo que tecnicamente morto. A ideia é utilizar o experimento em técnicas para ressuscitar, como no caso de paradas cardíacas. Foto: ETEC
Após ser retirado do corpo, o cérebro passou a funcionar por mais 50 minutos, mesmo que tecnicamente depois da morte. A ideia é utilizar o experimento em técnicas para ressuscitar, como no caso de paradas cardíacas. Foto: ETEC
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