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Tutor do Joca diz que novas regras para transporte aéreo de animais são avanço, mas quer mais
31 de outubro de 2024
- Vitor Guerras
Entre as novas regras para transporte aéreo de animais no Brasil estão o monitoramento e serviços veterinários emergenciais durante os vôos. O tutor do Joca participou do anúncio. - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Entre as novas regras para transporte aéreo de animais no Brasil estão o monitoramento e serviços veterinários emergenciais durante os vôos. O tutor do Joca participou do anúncio. - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

“A gente venceu” disse o tutor do Joca, sobre as novas regras para o transporte aéreo de animais no país, anunciadas pelo governo federal.

Segundo João Fantazzini, as novas regras representam um avanço, mas ele quer mais. Defendeu uma lei que permita o transporte de pets nas cabines, com os tutores.

Joca, o cãozinho golden, morreu em abril deste ano durante uma viagem em avião da Gol. O caso foi arquivado este mês pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, o que causou indignação do tutor do cachorrinho.

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As novas regras

Depois desse erro fatal, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), anunciou o lançamento do Plano de Transporte Aéreo de Animais, o Pata. A ideia é que os bichinhos tenham mais segurança durante as viagens de avião no Brasil.

A fiscalização será da Anac. “Haverá um trabalho coletivo da Anac no sentido de fiscalizar, cobrar e multar as companhias aéreas que não atuem de acordo com o bom serviço de transporte animal.”

O plano anunciado na quarta-feira (30) é histórico, segundo Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos. “Hoje, pela primeira vez na história do Brasil, apresentamos um plano nacional de transporte aéreo de animais, fruto de um trabalho coletivo que envolve a sociedade, o Congresso e as companhias aéreas – resultado de um diálogo construtivo entre as várias partes envolvidas”, disse.

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Exemplo de outros países

As regras, elaboradas em conjunto com entidades da causa animal, preveem, por exemplo, o monitoramento do bichinho durante todo o percurso e o fornecimento, pelas companhias, de serviços veterinários emergenciais. As empresas terão 30 dias para se adaptar às normas.

Trata-se de um padrão internacional, aplicado em 45 países, para esse tipo de transporte.

Confira as novas medidas:

  • Monitoramento dos animais durante todo o transporte, com algum sistema que permite acompanhar em tempo real como o bichinho está;
  • Assistência veterinária emergencial em aeroportos para os animais transportados;
  • Um canal de comunicação direta com os tutores, explicando as regras de transporte e atualizações do voo;
  • Padronizar as prática de transporte, com o foco no bem-estar e segurança dos animais;
  • Implementação de serviços de segurança, com o objetivo de prevenir incidentes e proporcionar tranquilidade.

80 mil animais transportados

O transporte de animais no país hoje é grande e as companhias precisam se adaptar, disse o governo.

“Com cerca de 80 mil animais transportados anualmente, precisamos garantir que as empresas aéreas se responsabilizem por esses trajetos, com a qualificação de seus profissionais e pelo monitoramento do transporte do animal, incluindo apoio veterinário para minimizar o estresse dos animais, se for necessário. Tenho certeza de que essa iniciativa pode se tornar um modelo para outros países, contribuindo para a evolução do transporte aéreo no Brasil”, finalizou o ministro.

Assista ao vídeo do tutor do Joca sobre as novas regras para transporte aéreo de animais:

 

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O  tutor do Joca (ao centro) participou do anúncio do governo. O documento assinado está alinhado com práticas aplicadas em 45 países. - Foto: Eduardo Oliveira/MPor
O  tutor do Joca (ao centro) participou do anúncio das novas regras para transportes aéreo de animais no Brasil. – Foto: Eduardo Oliveira/MPor
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