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Ave pré-histórica considerada extinta retorna à natureza
18 de novembro de 2024
- Vitor Guerras
A ave pré-histórica takahē retornou a natureza depois de um grande projeto de conservação na Nova Zelândia. - Foto: Kathrin & Stefan Marks/Flickr
A ave pré-histórica takahē retornou a natureza depois de um grande projeto de conservação na Nova Zelândia. - Foto: Kathrin & Stefan Marks/Flickr

Um grande projeto de conservação na Nova Zelândia conseguiu o retorno de uma ave pré-histórica que antes era considerada extinta. O takahē ganhou uma nova chance de vida!

Em agosto de 2023, 18 aves da espécie foram soltas em Greenstone, uma propriedade do grupo Ngāi Tahu. Pouco depois, mais 10 foram liberadas. Agora, o animal não apenas se adaptou ao novo ambiente como se reproduziu e gerou filhotes.

Depois do feito, a população no país  gira em torno de 500 indivíduos, o que representa uma grande vitória. Com as ações do Departamento de Conservação da Nova Zelândia (DOC), esse número tem aumentado, ainda que lentamente.

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Retorno inicial

O retorno inicial foi feito no Vale Greenstone, onde se acredita que os pássaros viveram por séculos. O passo é importante para criar uma população selvagem.

“Foi maravilhoso ver o quão bem eles se adaptaram ao seu novo habitat em Greenstone durante o ano passado, chocando filhoses com sucesso e mantendo boa saúde em geral”, disse Gail Thompson, representante de Ngāi Tahu.

Desde 2023, a maior parte dos casais já nidifica, com pelo menos sete filhotes confirmados.

A taxa de sobrevivência dos bebês é alta, o que indica que o local oferece condições favoráveis para a espécie prosperar.

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Controlando preparadores

Uma das maiores dificuldades do projeto é controlar os preparadores.

Por ser incapaz de voar, os takahē ficam vulneráveis a animais como furões, ratos e gatos selvagens.

No Vale Greenstone a área é protegida, mas o processo é delicado.

“O controle de predadores é crucial para a sobrevivência do takahē na natureza e estamos encorajados que a captura no Vale Greenstone até agora ajudou a evitar que qualquer um dos adultos fosse predado. Mas o final do inverno é um momento vulnerável, pois o número de ratos na área diminui devido à falta de comida, e arminhos, furões e gatos selvagens que caçam ratos podem então mudar para pássaros nativos para se alimentar”, explicou Gail.

Futuro dos takahē

Hoje, olhando para o passado, os pesquisadores dizem que a reintrodução foi exitosa, mas ainda há muito a ser feito.

Como próxima meta, o grupo quer soltar os animais em outras áreas próximas, como o Vale Rees e ver como os takahēs vão se comportar.

O programa de recuperação vai continuar, com o foco em estabelecer várias populações selvagens.

Apesar do sucesso da reintrodução, os predadores ainda representam um desafio. - Foto: DOC
Apesar do sucesso da reintrodução, os predadores ainda representam um desafio. – Foto: DOC
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