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Câncer de próstata: vacina brasileira começa a ser testada nos EUA
26 de novembro de 2024
- Rinaldo de Oliveira
A vacina brasileira contra câncer próstata, que começou a ser testada na semana passada nos EUA, foi criada no Instituto Nacional do Câncer (RJ) - Foto: Agência Brasil
A vacina brasileira contra câncer próstata, que começou a ser testada na semana passada nos EUA, foi criada no Instituto Nacional do Câncer (RJ) - Foto: Agência Brasil

A vacina brasileira contra câncer de próstata, mostrada este mês aqui no Só Notícia Boa, começou a ser testada nos Estados Unidos na semana passada.

Ela foi criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro. Depois de 25 anos de estudos no Brasil, o imunizante recebeu sinal verde da FDA, Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA. A nova vacina evita que o paciente volte a ter câncer de próstata.

“Ela ativa o sistema imunológico do paciente para previnir a recorrência, para que a doença não retorne. É uma vacina terapêutica”, explicou o doutor Fernando Kreutz à TV Senado.

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A vacina brasileira

A vacina do doutor Kreutz é à base de imunoterapia e promete tratamentos individualizados. E ele explica como funciona.

Primeiro, fragmentos do tumor do paciente são retirados. Aí, as células cancerígenas são expandidas e modificadas em laboratório.

Depois são utilizadas para ativar o sistema imunológico do próprio paciente.

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Registro da vacina

Na semana passada, o primeiro dos 280 voluntários retirou fragmentos do câncer de próstata para fazer pesquisa em solo norte-americano.

Segundo o doutor Fernando, se tudo der certo, a FDA pode autorizar o registro da vacina brasileira dentro de dois anos.

O câncer de próstata afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. É o tipo de tumor mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.

Brasileiro tem mais casos agressivos

A equipe doutor Fernando Kreutz agora trabalha para entender por que aqui no Brasil a doença parece ter um comportamento diferente do resto do mundo.

“A genética do homem brasileiro é que está sendo estudada e que nós vamos estudar nos próximos três anos”, afirmou o médico ao Fantástico.

Os dados compilados nesses últimos seis anos surpreenderam os médicos.

De acordo com padrões internacionais, cerca de 30% dos casos positivos são de alto grau, ou seja, mais agressivos. Mas a média de tumores de alto grau no Inca é quase duas vezes maior.

“Fazendo com que a gente entenda que a patologia do câncer de próstata do brasileiro talvez seja diferente do que a gente conhece dos padrões internacionais”, disse o doutor Franz Campos, responsável pelo centro de diagnóstico no Rio.

Casos podem dobrar

A expectativa é que os casos de câncer de próstata devem dobrar até 2040.

As duas pesquisas brasileiras podem beneficiar milhares de pacientes nos próximos anos.

E os médicos lembram que, a prevenção, ou seja, procurar o seu médico urologista a partir dos 45 anos, é o melhor a ser feito.

Quem descobre o câncer de próstata cedo tem muito mais chances de enfrentar a doença e ser curado.

A vacina brasileira contra o câncer de próstata foi criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, no Instituto Nacional do Câncer (RJ). - Foto: TV Senado
A vacina brasileira contra o câncer de próstata foi criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, no Instituto Nacional do Câncer (RJ). – Foto: TV Senado
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