Nova técnica ajuda curar ossos quebrados bem mais rápido; sensores
Uma nova técnica, criada numa universidade dos Estados Unidos, promete recuperar ossos quebrados de forma mais rápida. Os cientistas desenvolveram pequenos sensores que personalizam programas de reabilitação.
O estudo mostra que um programa de reabilitação de treinamento de resistência pode “melhorar significativamente” lesões de fêmur em ratos em apenas oito semanas. Geralmente, as fraturas no fêmur demoram de quatro a seis meses para cicatrizar completamente.
Autor sênior do estudo, Bob Guldberg. Disse que os testes mostraram o tratamento é promissor para aumentar a formação óssea, a força de cicatrização óssea e promover a restauração completa das propriedades mecânicas aos níveis pré-lesão.
Como funciona
Desenvolvidos por pesquisadores da Universidade do Oregon, os sensores transmitem dados em tempo real sobre o que se passa no local da lesão.
De acordo com os cientistas, os sensores permitem o monitoramento dos médicos durante a evolução do paciente. Paralelamente, fazem os ajustes dos exercícios ao longo do processo.
Os pesquisadores usaram a tecnologia em um estudo, publicado na revista científica NPJ Regenerative Medicine.
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Técnica em análise
A técnica consiste, basicamente, em aplicar exercícios na dose certa. Foi testada corrida de resistência, um tipo específico de exercício de recuperação, com estimulação mecânica correta para melhorar a recuperação óssea.
Os cientistas construíram freios personalizados para rodas de exercício de roedores, que adicionaram resistência semelhante ao aumento do nível em uma máquina elíptica ou bicicleta ergométrica.
Ratos com lesões no fêmur e sensores implantados correram em uma roda de exercícios regular ou na roda de exercícios de resistência modificada.
Transmissão de dados
Os sensores transmitiram dados de tensão durante os exercícios. Com isso a equipe conseguia ter uma visão do ambiente mecânico das células ósseas durante a recuperação.
Durante o estudo de oito semanas, os pesquisadores monitoraram o processo de cicatrização dos fêmures lesionados e descobriram que os ratos treinados com resistência apresentaram sinais precoces de cicatrização óssea em comparação àqueles em condições sedentárias ou sem resistência.
Ao final do período de recuperação de oito semanas, os ratos sedentários, não fizeram resistência e os que treinaram com resistência apresentaram cicatrização óssea, segundo o GNN.