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Línguas e unhas de ouro: arqueólogos descobrem múmias egípcias inusitadas

Vitor Guerras
26 / 12 / 2024 às 08 : 03
As línguas de ouro encontradas nas múmias egípcias indicam uma tentativa de falar com os deuses após a morte. - Foto: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades
As línguas de ouro encontradas nas múmias egípcias indicam uma tentativa de falar com os deuses após a morte. - Foto: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades

Arqueólogos do Egito descobriram um capítulo fascinante sobre o período ptolomaico: línguas e unhas de ouro em múmias egípcias datadas entre 304 a.C. e 30 a.C.

A descoberta foi feita em um poço de sepultamento que dava acesso a três câmaras repletas de múmias e outros artefatos em Oxirrinco. Além das línguas douradas, o grupo encontrou amuletos de escaravelhos e murais muito bem preservados.

Os objetos trazem pistas sobre costumes religiosos e sociais da época e indicam que os indivíduos poderiam pertencer à elite local. “Possivelmente, os corpos pertencem a elites superiores que estavam associadas ao templo e aos cultos de animais que proliferavam na área”, disse Salima Ikram, professora de egiptologia da Universidade Americana no Cairo, em entrevista ao Live Science.

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13 múmias

Ao todo, o grupo identificou treze múmias, todas datadas do período ptolomaico.

As peças estão bem conversadas visualmente e revelam pequenos pedaços de como os antigos egípcios encaravam a vida após a morte e rituais funerários.

Durante a última escavação, os arqueólogos também encontraram 29 amuletos com as múmias, além das línguas e das unhas postiças.

Os antigos egípcios associavam os escaravelhos ao movimento do Sol no céu.

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Línguas de ouro

As línguas de ouro têm um significado marcante no Egito Antigo.

Segundo especialistas, acreditava-se que as línguas e o ouro serviam para que os falecidos pudessem falar no além.

Além disso, na visão dos antigos egípcios, o ouro era considerado ‘a carne dos deuses’ e, por isso, um material perfeito para a jornada espiritual dos mortos.

A quantidade encontrada no local reforça a hipótese de que esse era um costume reservado para os mais privilegiados.

Murais vibrantes

Outro destaque da descoberta foi os murais nas paredes e tetos das câmaras funerárias.

Uma pintura mostra o dono de uma tumba, chamado Wen-Nefer, sendo guiado por divindades egípcias.

Outra destaca a deusa do céu, Nut, cercada por estrelas.

“Quanto às pinturas, a qualidade é realmente excelente e o frescor das cores é simplesmente incrível”, explicou Francesco Tiradritti, egiptólogo da Universidade D’Annunzio de Chieti-Pescara, na Itália.

Uma das pinturas mostra divindades egípcias em um barco. - Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
Uma das pinturas mostra divindades egípcias em um barco. – Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
Os egípcios acreditam que era possível falar no pós-morte. - Foto: Ministério do Turismo e da Antiguidades do Egito
Os egípcios acreditam que era possível falar no pós-morte. – Foto: Ministério do Turismo e da Antiguidades do Egito
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