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Novo tratamento para lúpus com células T CAR acaba com necessidade de remédios

Érica Lima
04 / 01 / 2025 às 10 : 22
O novo tratamento para o Lúpus, que acaba com a necessidade de remédio é feito com células T-CAR no Reino Unido. -Foto: Michael Rabenstein/Universitätsklinikum Erlangen
O novo tratamento para o Lúpus, que acaba com a necessidade de remédio é feito com células T-CAR no Reino Unido. -Foto: Michael Rabenstein/Universitätsklinikum Erlangen

Deu certo! Um novo tratamento contra Lúpus, usando células T CAR, traz esperança para pessoas que sofrem doença autoimune. Com a terapia inovadora, alguns pacientes já conseguiram interromper a medicação regular em apenas 3 meses.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine sugere que esta terapia com células T CAR pode se tornar um tratamento altamente eficaz para pacientes com LES que não respondem aos tratamentos atuais para lúpus.

“Lúpus é uma doença que requer medicação para o resto da vida, mas esta terapia tem o potencial de mudar isso, o que é incrivelmente emocionante. Esta nova terapia inovadora marca um marco significativo em nossa pesquisa sobre lúpus”, disse o professor Ben Parker, um reumatologista consultor do Manchester Royal Infirmary, onde o procedimento foi parcialmente conduzido.

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Conquista inovadora

Debilitante e crônica, hoje o Lúpus afeta uma média de 5 milhões de pessoas ao redor do mundo. Quando os sintomas e a inflamação não são controlados, eles causam danos irreversíveis aos órgãos, podendo levar a pessoa à morte.

As opções de tratamento geralmente incluem medicamentos para prevenir surtos e controlar os sintomas, mas nada para controlar efetivamente a progressão da doença. E a nova terapia com células CAR-T envolve a engenharia genética de células T, um tipo de célula imune, para que elas respondam a um marcador molecular pré-especificado, ou antígeno.

Significa que elas montam uma resposta imune contra células com o antígeno escolhido, eliminando-as do corpo. Para evitar a rejeição, as células T de um paciente são extraídas, geneticamente modificadas e então devolvidas a ele, informou o o GNN.

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Fique atento aos sinais

Qualquer pessoa pode desenvolver lúpus, mas certas pessoas correm maior risco, incluindo:

  • Mulheres de 15 a 44 anos (90% das pessoas que vivem com lúpus são mulheres);
  • Certos grupos raciais ou étnicos — como afro-americanos, asiático-americanos;
  • Hispânicos ou latinos, nativos americanos ou habitantes das ilhas do Pacífico;
  • Pessoas que têm um membro da família com lúpus ou outra doença autoimune;

A remissão da doença

Outro estudo publicado na Nature, fala sobre anti-CD19 para lúpus eritematoso sistêmico refratário, tratados com a terapia CART-T.

“Cinco pacientes com LES (quatro mulheres e um homem) com idade mediana (faixa) de 22 (6) anos,  refratária a vários tratamentos imunossupressores [tiveram] remissão do LES após 3 meses e a mediana (intervalo) da pontuação do Índice de Atividade da Doença do Lúpus Eritematoso Sistêmico após 3 meses foi 0 (2)”.

“A remissão sem medicamentos foi mantida durante um acompanhamento mais longo (mediana (intervalo) de 8 (12) meses após a administração de células T CAR) e mesmo após o reaparecimento de células B.

Inicialmente resultou em números reduzidos de células B, que mais tarde se recuperaram. Porém, as células B não produziram mais anticorpos associados ao lúpus, ou os produziram em um nível muito reduzido.

Vai ciência!

Todos os pacientes conseguem alcançar a remissão da doença sem o uso da medicação tradicional, apenas com a terapia CART-T. Foto: Printo
Pacientes conseguem alcançar a remissão da doença sem o uso da medicação tradicional, apenas com a terapia CART-T, diz o estudo. – Foto: Printo
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