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Relógio histórico vandalizado em ato golpista volta restaurado para o Palácio do Planalto

Vitor Guerras
08 / 01 / 2025 às 07 : 51
O relógio histórico de Balthazar, gravemente danificado durante o ato golpista de 8 de janeiro de 2023, foi restaurado na Suíça e volta a ser exibido no Palácio do Planalto, em Brasília. - Foto: Arte/G1
O relógio histórico de Balthazar, gravemente danificado durante o ato golpista de 8 de janeiro de 2023, foi restaurado na Suíça e volta a ser exibido no Palácio do Planalto, em Brasília. - Foto: Arte/G1

Após dois anos de trabalho intenso e uma parceria internacional, o relógio histórico de Balthazar Martinot, vandalizado durante o ato golpista de 8 de janeiro de 2023, foi restaurado e volta hoje ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Considerado uma relíquia do período da família real portuguesa no Brasil, o conserto foi concluído em meio a uma data especial: os preparativos para a cerimônia que marca os dois anos da invasão às sedes dos Três Poderes e a defesa da democracia.

Datado do século XVII, o relógio é raríssimo trazido por Dom João VI para o Brasil em 1808, teve um longo caminho até seu reparo, na Suíça.

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Relógio de muitas histórias

O relógio de pêndulo foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI.

A peça leva esse nome porque foi produzida pelo relojoeiro Balthazar Martinot, que também serviu ao rei Luís XIV. O objeto faz parte dos últimos relógios que sobraram de Balthazar, um segundo está no Palácio de Versailles, na França.

Feito com materiais raros, como casco de tartaruga e um bronze especial, o relógio sofreu graves danos durante a invasão ao Palácio do Planalto.

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Outras obras restauradas

O item de Balthazar Martinot não foi o único a ser restaurado.

Além do relógio, o acervo reparado inclui obras de grande relevância, como o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, a escultura “O Flautista”, de Bruno Giorgi, e “Galhos e Sombras”, de Frans Krajcberg.

O restaurado dessas e outras peças foi realizado em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com uma equipe de restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Dois anos depois.

Antônio Cláudio Alves Ferreira, o homem que destruiu o relógio histórico, foi condenado pelo STF, Supremo Tribunal Federal, a 17 anos de prisão, em julgamento realizado em junho do ano passado.

Hoje, dia 8 de janeiro de 2025, marca dois anos dos atos golpistas e o dia será cheio de cerimônias em Brasília para enaltecer a democracia.

Em 2023, insatisfeitos com a vitória do presidente Luís Inácio (PT), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes.

Relembrar a história recente é uma forma de não deixar que isso se repita no futuro.

O relógio histórico será oficialmente reintegrada ao acervo do Palácio hoje. - Foto: Reprodução/G1
O relógio histórico será oficialmente reintegrada ao acervo do Palácio hoje. – Foto: Reprodução/G1
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