Musicoterapia ajuda crianças autistas. Tratamento tem resultados imediatos; vídeo
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O poder da música. Você sabia que musicoterapia ajuda crianças com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA)? Mais que isso: o tratamento tem resultados imediatos e profundos no comportamento delas.
A musicoterapeuta Sarah Costa, de Brasília, explica que o ritmo e a melodia podem acalmar, reduzir a ansiedade e oferecer um meio seguro para a expressão de sentimentos. Por meio da interação musical, vem o contato visual, a escuta ativa e a participação em grupo, o que promove a socialização.
“A arte pode ir além da performance, mas no desenvolvimento do sujeito como um todo”, disse Sarah Costa em entrevista ao Só Notícia Boa.
Acolhimento para mães também
A musicoterapeuta lembra que a música faz parte da vida do ser humano desde sempre, inclusive na Bíblia. Davi, músico habilidoso, tocava para o rei Saul, quando ele ficava nervoso e irritadiço. Só a música o tranquilizava.
Durante o tratamento, com paciência e perseverança, as crianças com diagnóstico de TEA, apresentam melhoras substanciais. Com a música, elas se sentem em um ambiente estruturado e estimulante, passam a aceitar a interação, demonstram expressão e mostram como ficam à vontade.
Sarah Costa trabalha no Centro de Referência, Pesquisa e Extensão em Musicoterapia (Crepem), em Brasília, que oferece tratamentos de graça e a preços sociais (valores acessíveis) para famílias com filhos autistas. Ela conta que o Crepem tem, também, “rodas de acolhimento” para as mães.
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Musicoterapia para crianças autistas
Nas sessões de musicoterapia, as crianças têm contato com diversos tipos de instrumentos e com as músicas. Podem tocar, sentir e observar da forma como quiserem.
Especialistas afirmam que, para os autistas, é fundamental esse contato direto em que têm a liberdade de à sua maneira agir como se sentem melhor.
O mesmo vale para as mães atípicas, desafiadas diariamente, nos cuidados dos filhos. “Um convite cheio de acolhimento, empatia e carinho pra você que vive a maternidade atípica! Vem com a gente!”, diz o texto de convite para quem quiser testar o tratamento.
Respeito às individualidades
No Crepem, são atendidos autistas com os três níveis de suporte:
- Nível 1 (autismo leve)
- Nível 2 (autismo moderado)
- Nível 3 (autismo severo)
Pelos princípios da musicoterapia, é necessário respeitar as individualidades e características de cada um, mas no geral, o diagnóstico de TEA aponta: dificuldade em interpretar linguagem não verbal; em compreender ironias e metáforas; em expressar sentimentos e compreender coisas abstratas.
Os autistas podem ainda ter comportamentos restritos e repetitivos; rigidez na rotina; baixa tolerância a barulhos, ambientes agitados, a muita iluminação; movimentos estereotipados, como balançar e girar os dedos, agitar as mãos ou a cabeça e hipersensibilidade a ruídos altos ou certas texturas.
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Veja o poder da música:
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Serviço
Centro de Referência, Pesquisa e Extensão em Musicoterapia (Crepem), Brasília
Endereço: GAS I SGAS 905 Conj. D – Asa Sul, Brasília – DF, 70390-050
Telefone: +55 (61) 99575-0726
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